No jogo político, num xadrez que se move pelas nuvens, a estratégia do governador Téo Vilela não poderia ser outra.
Ao apoiar três candidaturas à Prefeitura de Maceió, Vilela dilui o foco sobre o governo e obriga a oposição a atirar a esmo tentando acerta aquele que, na verdade, é o candidato do governador.
Por uma questão partidária, Vilela já disse que o candidato dele é o deputado federal Rui Palmeira. Mas, também tem o deputado Jeferson Moraes - que retira eleitor no reduto do prefeito Cícero Almeida; e o deputado federal Givaldo Carimbão - que é o “santo” da Igreja Católica.
Rui Palmeira é a classe média, especialmente a juventude, de modo que a tática do governo não deve ser subestimada pela incursão nas três classes: A, B e C.
O pleito será um jogo bruto e o futuro prefeito de Maceió só deverá ser conhecido no segundo turno, numa disputa que envolverá o ex-governador Ronaldo Lessa e os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor.
E por falar no Collor, até agora ele está fora da disputa direta e apoia Lessa no “chapão edição 2012”. Mas, da mesma forma que em 2010 surpreendeu com a candidatura a governador, o certo é tê-lo com a certeza de que pode haver surpresa no decorrer do período.
E sendo reflexo de 2014, a eleição este ano em Maceió é a grande chance de o governador Téo Vilela se fortalecer se quiser disputar o Senado. Um resultado adverso implica em mais uma pedra irremovível no seu caminho.
Por isso Vilela está teoricamente certo na estratégia de lançar três candidatos; resta saber se na prática a teoria é a mesma.