Por Josivaldo Ramos
A jovem Francicelly Gomes de Oliveira, 26 anos, de família humilde, aguarda há cerca de dois meses, no Hospital Ib Gatto Falcão, município de Rio Largo, por uma decisão judicial para a realização de uma cirurgia neurológica. A jovem encontra-se estável para o procedimento cirúrgico, aguardando apenas a decisão do poder judiciário.
Francicelly já se encontra acamada, perdendo a função motora, com dificuldade de visão e fala, em uso de sonda, sendo atendida por profissionais da saúde e familiares para seu asseio diário devido ao tumor cerebral, que com o passar do tempo está evoluindo.
O estado de Francicelly se agrava em função da falta de materiais e profissionais especializados, visto que neurocirurgiões pediriam exoneração do estado, transformando-se em prestadores de serviço. Entretanto a disponibilidade de profissionais é insuficiente para atender a demanda do estado, o que obriga pacientes e familiares a recorrem ao poder judiciário.
O Hospital Ib Gatto Falcão, com cinquenta leitos, atualmente dispõe apenas de clínicos, pediatras, obstetras e neonatologistas, não possui UTI, o centro cirúrgico encontra-se ocioso por falta de material e profissionais, e as ambulâncias que possui encontram-se em péssimo estado de conservação; quanto aos profissionais, embora façam o seu papel, isto não é suficiente para reverter a precariedade e a demanda existente, o que leva a conseqüente lotação do HGE.
Quanto ao local para a realização da cirurgia, o que se tem informação é que apenas duas unidades de saúde suportam a realização deste procedimento: A Santa Casa e o HU.
Familiares de Francicelly clamam por uma decisão imediata, enquanto profissionais da saúde do Hospital Ib Gatto Falcão temem a morosidade desta decisão em virtude do estado em que a jovem se encontra.