Se não for derrotado na véspera pelas quatro pendências judiciais em curso, o ex-governador Ronaldo Lessa será o futuro prefeito de Maceió – é o que todos dizem.

Além dos votos que originariamente possui, Lessa tem o apoio do senador Renan Calheiros e, em tese, o apoio do prefeito Cícero Almeida.

Diz-se em tese, em referência ao apoio de Almeida, porque o prefeito ficou conhecido pela alternância de humor.

Almeida precisa sair do PP, senão estará impedido de subir no palanque de Lessa. Mas, até agora, só manifestou o desejo.

Pelo sim, pelo não, é aconselhável deixar o apoio do prefeito em stand by.

O quadro sucessório em Maceió se vislumbra como reflexo da disputa da eleição majoritária em 2010, no primeiro turno, com as três forças em ação: o governo do Estado, e os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor.

Collor vai lançar candidato, e isto se ele próprio não for à disputa tendo como candidato a vice-prefeito o vereador Galba Novaes.

Tudo é possível e depende das nuvens – que mudam de posição constantemente. São várias as razões para Collor disputar a prefeitura e uma delas é a visibilidade que se projeta para 2014.

Outra razão é a manutenção do espaço.

Até o prazo fatal tudo pode acontecer; Renan e Lessa já se acertaram e Collor procura o rumo com duas perspectivas: o plano A e o plano B.

Pelo lado do governo, a estratégia de dividir para tentar somar à frente pode se inviabilizar diante da possibilidade de o Collor disputar a eleição. O risco de o candidato – na verdade, os candidatos – do governo não chegar ao segundo turno é grande.

O jogo apenas está começando, é verdade, mas já se pode antecipar alguns lances que vão influenciar na vitória ou na derrota.

A eleição em Maceió este ano é um jogo de xadrez e é preciso saber o lado certo para o qual se deve mover a pedra.