Quem acompanhou a Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quarta-feira (16) observou, com muita surpresa, o posicionamento final do deputado estadual Joãozinho Pereira (PSDB), que ora responde – extra-oficialmente – pela liderança do governo de Alagoas no Parlamento.

Há quem defenda que o tucano tinha lá seus motivos para esbravejar e exigir respeito para obter sucesso no seu primeiro grand round. Explico: como líder, a aprovação do Projeto de Lei que transfere – (atenção, não é um simples DOC!) – R$ 15 milhões do Detran para DER o outorgaria veneração como o grande Líder do Executivo na Casa de Tavares Bastos.

Bem verdade que Téo possui uma bancanda grandiosa e que oposição por aquelas bandas é quase zero. Muitas vezes, parece – infelizmente – que o parlamento legisla para o governador e ponto final. Os diversos vetos apreciados essa semana ressaltam essa observação, não há o que questionar. - Sei, sei, ok, o parlamento é soberano, mas o povo não o é. Tem, por dever constitucional, a necessidade de bons legisladores.

O posicionamento de Pereira pegou alguns colegas de surpresa. Eles até sentiram saudades de Edval Gaia – que aproveita a licença médica em sua residência em processo de cura avançada.

Os parlamentares acreditam que um líder de Governo não deve ter uma postura tão agressiva em busca de um objetivo. Gaia tem lá suas dificuldades na oratória e no seu jeito interiorano, mas quando contrariado – segundo colegas de bancada – nunca foi agressivo. Ele tem como caminho o diálogo.