O ex-governador Ronaldo Lessa soube e não gostou da notícia de que está no rol do mutirão da Justiça para ser julgado por improbidade administrativa, e logo em quatro processos.
O mutirão da Justiça juntou deputados, ex-deputados, o prefeito Cícero Almeida, a ex-prefeita Kátia Born e Lessa – e todos já podem ser considerados réus.
Além de providenciar a defesa, cabe agora a Lessa torcer para que a Justiça seja mesmo morosa e não julgá-lo antes da eleição; sendo réu em quatro processos é quase impossível escapar de todos.
Compete ao Tribunal de Justiça julgar a todos e sendo o TJ um colegiado, aí Lessa se tornará legalmente impedido de se candidatar a prefeito.
Mas, esses processos não têm nada a ver com o testemunho do desembargador Orlando Manso sobre a inelegibilidade de Lessa. Trata-se de outro caso, onde o desembargador é o autor da ação contra Lessa por injúria e difamação.
O desembargador ganhou R$ 250 mil de indenização, o que implica em dizer que Lessa foi condenado e está inelegível de acordo com a “Lei da Ficha Limpa”.
Essa é a opinião do desembargador, que Lessa contesta pelo advogado dele Marcelo Brabo.
Talvez essa situação de Lessa, que deixa os “caciques” em compasso de espera, sirva de recheio para o marasmo na eleição em Maceió este ano.
Até parece que é sina; desde a eleição em 2006 que Lessa se vê envolvido numa teia de dúvidas sobre a sua condição de candidato – pode ou não pode ser candidato?
Mas, não é somente Lessa que está hoje sem mandato e nessa dúvida atroz em relação à “Lei da Ficha Limpa”. A situação pior é do prefeito Cícero Almeida, que também é réu e está muito encrencado e a chance de ser condenado junto com os demais réus é altíssima.
Se Almeida for condenado, ele dá adeus a 2014, 2016, 2018...
É a roda viva. Tem dias que a gente estanca de repente, ou foi o mundo então que cresceu.