Uma sala com 15 metros quadrados, guarnecida por duas câmeras postadas uma na entrada e outra dentro da sala, e mais o limite de acesso apenas para três pessoas por vez e a proibição do acesso com celular e máquina fotográfica para evitar a filmagem, e está pronto o local onde ficarão guardados os documentos para a CPI Mista do Cachoeira.

Todos esses cuidados deve-se à insistência do senador Fernando Collor para se evitar o vazamento de informações. Integrante da CPI Mista, Collor foi o mais contundente na cobrança do sigilo – o que atende aos interesses do governo, embora ele assegure que sua posição é pessoal.

Collor lembrou que o Supremo Tribunal Federal liberou os documentos de operações da Polícia Federal, que ainda estão em julgamento, e exigiu sigilo. Se o julgamento corre em segredo de justiça, Collor observa que o Congresso Nacional deve redobrar o cuidado para preservar esse segredo.

Mas, há quem acredite que não será fácil. Apesar dos cuidados tomados pelo presidente da CPI Mista, senador Vital do Rego, outros senadores mais experientes garantem que será impossível impedir o vazamento de informações porque tem muita gente (na CPI) que terá acesso aos documentos.

E além da questão do sigilo dos documentos, há outra questão que envolve a revista Veja e, por extensão, o grupo Abril, devido ao envolvimento do jornalista Policarpo Júnior, da Veja, com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A CPI Mista quer saber o que rendeu à Veja, alem dos “furos” de reportagens que Cachoeira proporcionou como fonte “em off” das matérias.

É muito sigilo para se guardar e que ninguém se surpreenda se as informações sigilosas vazarem pela Cachoeira abaixo!