De uma vez e simultaneamente, a TPE chegou e atinge todo o País, mais precisamente nas grandes cidades causando em todos a sensação de que tem sempre algo no ar – além dos aviões de carreira, claro.
Em São Paulo os efeitos da TPE são mais agudos, porque o ex-presidente Lula está impedido de falar e falar é a arma principal de Lula para convencer. Não lhe bastam gestos nem olhar; é precisa falar e Lula não está podendo falar devido ao tratamento do câncer na laringe.
E em Maceió, quais os efeitos da TPE?
Em Maceió os efeitos da TPE têm sido disfarçados até agora porque todos precisam saber antes qual é a do prefeito Cícero Almeida, ou seja, quem é mesmo o seu candidato à sucessão.
Isso justifica a reação à TPE por parte dos três senadores: Renan Calheiros, Fernando Collor e Benedito de Lira, que optaram por nada falarem agora – o senador Renan disse que só falará depois de abril.
A TPE também atinge o governador Téo Vilela, que parece distante dos seus efeitos, mas na verdade é o que está mais próximo porque 2012 para ele é o reflexo de 2014.
Até mesmo o ex-governador Ronaldo Lessa não escapa da TPE. Bem avaliado nas pesquisas para a Prefeitura de Maceió, Lessa sonha com o impossível – que é reunir novamente o grupo que o apoiou na eleição para o governo do Estado em 2010.
Mas, convenhamos, Lessa é o que está na situação mais confortável para a eleição que se aproxima, porquanto a sua candidatura é questão de sobrevivência política, seja para ganhar ou não.
E sendo assim, sob os efeitos da TPE, não basta criticar negativamente o marasmo na eleição este ano em Maceió – é imperioso entendê-lo.
Para entender o marasmo, que tem disfarçado até agora a TPE em Maceió, é preciso entender duas coisas:
1) Nunca na história política de Alagoas, dois prefeitos no segundo mandato estão tão bem avaliados como estão os prefeitos Cícero Almeida e Luciano Barbosa.
2) Nunca na história política de Alagoas, um segundo mandato foi tão bem desempenhado acabando-se com a “síndrome do segundo mandato” que destruíram o governador Ronaldo Lessa e a prefeita Kátia Born.
Em tempo: de acordo com o “médico-político” Marco Maia, presidente da Câmara Federal, a TPE significa Tensão Pré-Eleitoral.
Sim, e como o eleitor deve enfrentar a TPE? Ah, isso eu não sei não. É melhor você perguntar lá no Posto Ipiranga.