por Paulo Veras

Faltando pouco mais de seis meses para as eleições desse ano, o cenário político em Maceió ainda é conturbado pelo excesso de pré-candidatos. Todas as legendas de médio e grande porte estão se colocando a disposição na disputa para ver como o jogo político se desenha, cientes de que os resultados desse ano serão fundamentais para a partida política a ser jogada em 2014. Essa semana, os contornos da cena política se deram, justamente, com o fortalecimento de duas dessas pré-candidaturas.

Primeiro, a do deputado estadual Jeferson Morais (DEM). Essa semana, o Diretório do Partido lançou oficialmente o nome de Morais como postulante a prefeitura da Capital. Duas semanas antes ele já declarava que sua candidatura era “definitiva”. A situação, porém, havia se tornado complicada depois que postagens do blogueiro Bernadino Souto Maior do Cada Minuto opuseram colocações de Jeferson a do presidente estadual do DEM, o vice-governador José Thomas Nonô. O desconforto foi resolvido com a nomeação de Morais para presidir o partido em Maceió.

Já no fim da semana, foi a vez do secretário municipal de Infraestrutura Mozart Amaral. Já empossado presidente municipal do PMDB, Mozart realizou um evento para apresentar a estratégia do partido na cidade para o grande líder da legenda no Estado, o senador Renan Calheiros. Junto com a apreciação de nomes para a vereança, Mozart colocou o próprio nome a disposição do senador. O secretário é apoiado pelo atual prefeito Cícero Almeida (PP) e recebeu sinal verde de Renan, que até então não havia se posicionado quanto a seu candidato.

As duas situações isoladas acabam gerando uma onda que mexe com todo o tabuleiro político porque tencionam diretamente dois lados do processo. No grupo do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), a definição do nome de Jeferson Morais acaba com as esperanças de que o grupo tenha uma candidatura única. Mesmo que o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB) abra mão da postulação, o colega Rui Palmeira (PSDB) não o fará.

No grupo de oposição, cuja discussão inicial era reeditar a candidatura do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) como representante das forças do governo federal em Alagoas, o fortalecimento do nome de Mozart Amaral pode resultar num acordo paralelo entre o prefeito Cícero Almeida e o senador Renan Calheiros que inviabilizem a campanha de Lessa. Ainda assim, restariam nomes como do deputado federal Maurício Quintella (PR) e do vereador Galba Novaes (PRB) a provocar a desunião.

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