Apesar dos chiliques de alguns, que veem “o fim do mundo” nas ações de bandos de salteadores no interior do estado, a verdade é que isto sempre existiu.

O município de Colônia Leopoldina, por exemplo, surgiu de uma base militar construída para combater os bandos que assaltavam e matavam na região do Litoral Norte do Estado.

Na região que compreende os municípios sertanejos de Mata Grande, Água Branca, Canapi, Santana do Ipanema, etc., vários grupos de salteadores atacavam fazendas e sítios; o transeunte incauto também ficava só de cuecas se trafegasse pelas veredas da caatinga.

Até o começo do século 20 eram conhecidos “os Pequenos”, “os Moraes”, grupos de salteadores famosos que atuavam até Inajá e Tacaratu, em Pernambuco.

Daí, o noticiário sobre a existência de novos grupos de delinquentes não é novidade. A novidade é que, no caso do bando apresentado pela polícia como responsável pelo atentado ao filho do deputado Antônio Albuquerque e o ataque à casa da prefeita Renilde Bulhões, ele (o bando) age com uma ousadia extrema.

Ou então, age pela certeza da impunidade.

Imagine que, mesmo sabendo que estava sendo caçado pela polícia; mesmo sabendo das prisões de familiares, o bando permaneceu atuando na área.

Não é, pois, o crime que assusta, mas a ousadia de quem o pratica.