O atentado contra o filho do deputado Antônio Albuquerque é um desses crimes em que a polícia, sem um serviço de inteligência eficiente, não chegará a lugar algum.

São pelo menos três pistas que a polícia dispõe e até penetrar pela pista certa leva tempo, e tempo é fundamental para apagar pistas.

Pela psicologia criminal, o atentado deixa uma pista à parte: o tiro no rosto significa vingança, mas fica a dúvida: se vingar do filho ou do pai?

Dizem que a polícia pelo menos já sabe que os pistoleiros são de Pernambuco; são sicários sertanejos conhecidos de políticos alagoanos.

Perplexa, a sociedade começa a juntar as pedras para tentar entender o que se passa. Talvez uma coisa nada tenha a ver com a outra, mas há pouco a notícia de um plano para matar deputados agitou a política.

O plano foi desmentido, o dito ficou pelo não dito, apesar de envolver o nome da Polícia Federal, e quando já se ia esquecê-lo surge a notícia concreta do atentado ao filho do deputado – quem sabe porque, contra o deputado, seria mais difícil.

A polícia pede a quem tiver alguma dica sobre os pistoleiros que atentaram contra o filho do deputado Antônio Albuquerque, que informe sob sigilo total.

Mas, como nos grandes problemas de enunciados longos, a resposta pode ser mais simples do que se imagina e pode estar tão perto que é capaz de passar despercebida.