O Procurador Geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares, disse não estar convencido, apesar dos fortes ‘boatos’, de que a candidatura da deputada federal Célia Rocha (PTB) à prefeitura de Arapiraca tenha como verdadeiro objetivo agraciar - em decorrência da suplência - o ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN). Ele está preso há um ano e acumula diversas derrotas no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Tavares faz coro às declarações da sociedade e assegura que não quer – e, de fato, também não queremos acreditar – que a candidatura de Célia Rocha teria esse objetivo como num jogo político tão duvidoso. Apesar da relutância e do discurso sem pré-julgamento, o Procurador Geral informou que vê a pré-candidatura com preocupação, já que colocaria um homem acusado de diversos crimes contra a vida nas ruas.
Ao ser indagada pela imprensa, na última sexta-feira (03), sobre o suposto "jogo político", a deputada respondeu com altivez: “não sou juíza eleitoral e tão pouco responsável pelas leis que regulam a legislação eleitoral. Fui eu que tornei Chico Tenório meu suplente?”, esbravejou a (ex) sorridente deputada.
Em Arapiraca, a população recebeu a candidatura com surpresa. Os arapiraquenses fazem - com total propriedade - a seguinte ponderação: “como é que uma mulher que fez de tudo para colocar o ex-deputado Talvane Albuquerque na cadeia, estaria trabalhando para soltar Francisco Tenório? É um absurdo!”, assim pensa uma grande parcela do eleitorado local.
Enquanto mais um capítulo da história da política alagoana se desenha (infelizmente!), Eduardo Tavares garantiu que o Ministério Público estará de olho na candidatura. E qualquer movimentação externa e concreta da ‘articulação’ terá a resposta devida do MPE/AL.
As declarações de Tavares foram dadas após evento oficial do Governo de Alagoas, na última sexta-feira, na Academia da Polícia Militar.