O que dizer quando até um delegado de polícia que é vítima de assalto encontra uma delegacia de portas fechadas e é impedido de ter a assistência da polícia?
E ainda tem a proposta do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) de fechar delegacias do interior de Alagoas dentro de um projeto de reestruturação da segurança alagoana.
Ao delegado Adalberto Meira, assaltado em Palmeira dos Índios e sem assistência de delegacias de polícia em Alagoas, nossa solidariedade integral de igualmente desassistido.
Em São Paulo, hoje um dos estados com menores índices de violência no Brasil, uma proposta de fechar delegacias nas cidades com menos de 10 mil habitantes não está sendo bem recebida pela população.
A medida afetaria 279 cidades paulistas com o fechamento de aproximadamente 96 delegacias. Nos localidades que ficarão sem policiais civis, será a polícia militar a responsável por ações iniciais como registros de boletins de ocorrência.
Isto pode até funcionar. Mas em dos estado que talvez mais invistam em segurança pública do Brasil, com alto aporte de tecnologia e inteligência nas investigações, com grande efetivo de homens e mulheres, com outra realidade socioeconômicos e indicadores sociais menos desastrosos.
Não em Alagoas!
Reconhecemos os esforços da Secretaria de Defesa Social e a boa intenção do Conseg.
Mas Palmeira dos Índios não é Botucatu, cidade do interior de São Paulo com o menor índice de violência do estado entre as cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes: registrou, em 2010, somente 2 homicídios.
Nem Alagoas é a Suíça.
Repressão policial, inteligência e tecnologia, aumento do efetivo, condições de trabalho, remuneração decente. Some-se a esta receita operações de visibilidade e caráter ostensivo, de pulso e exemplares em retidão.
E o mais importante: invistam na gente alagoana que mendiga sem teto, sem alento, sem esperança, sem dignidade.
E que vaga batendo a cara na porta das delegacias do estado, como o delegado Adalberto Meira bateu a sua.
Todos nós, indigentes de segurança.
E de cara amassada.
Sigam no @weltonroberto