Dilma esteve em Cuba e fez um discurso patético. Um discurso que envergonha qualquer um que preze pela democracia. Estava todo mundo cobrando uma manifestação da presidente sobre a situação dos direitos humanos em Cuba. E ela se manifestou da pior maneira.

Não sei se vocês sabem, mas lá, no paraíso da esquerda radical, existem presos políticos, tortura, censura e não existe liberdade política ou econômica. A população é composta de escravos e seus senhores. Ademais, a ilha é uma prisão. Não se pode sair de lá sem autorização do governo!

Com a visita de Dilma, os incautos esperavam uma declaração que ao menos levasse a sério o pleito dos dissidentes. Achavam que a nova política externa seria implacável com os Castro. Doce ilusão...

Dilma evocou sua história de ódio à democracia e de terrorismo esquerdista. Resolveu a questão com um relativismo tosco:

“Nós vamos falar de direitos humanos em todo o mundo? Vamos ter de falar de direitos humanos no Brasil, nos EUA, a respeito de uma base aqui que se chama Guantánamo”.

Fale Dona Dilma! Quando for aos EUA, reclame de Guantánamo! Quando estiver no Brasil, cobre das polícias e demita seu Ministro da Justiça, faça o que tem que ser feito! Mas quando estiver em Cuba, não tenha medo de defender os pobres cidadãos cubanos que sofrem na mão de uma ditadura violenta.

Ninguém está cobrando de Dilma que imponha nada! Estamos cobrando pelo menos um discurso! Isso faz parte da diplomacia, ora! Chamar a atenção para a necessidade de abertura do regime. Cobrar contrapartida para os investimentos do Brasil na ilha. Ninguém está falando em invadir o país...

Mas Dilma não me decepcionou. Eu jamais tive a ilusão de que a política internacional seria substancialmente diferente da de Lula. Ela deu esperanças, é verdade, mas nunca apontou claramente para uma mudança de rumos. O relativismo continua. O antiamericanismo também.

Dilma, na verdade, continua sendo o que sempre foi. Continua se orgulhando de ter feito parte de um grupo de terroristas que matou inocentes pela causa do comunismo. Dilma ainda tem na alma o orgulho das revoluções socialistas. Por isso é tão difícil criticar o regime cubano ou qualquer ditadura de esquerda.

Dilma é daquele tipo de gente que diz: “Cuba é uma ditadura, mas as crianças têm o que comer”.

Em matéria de direitos humanos, não existe esse “mas”! Nada justifica o que ocorre em Cuba. Nem se fosse verdade tudo o que os prosélitos falam! Quem não entende isso, não entende a moral democrática.