O anuncio da candidatura da deputada federal Célia Rocha à Prefeitura de Arapiraca não surpreendeu. Por mais que ela tentasse disfarçar, jamais disfarçou que seria indicada; quanto mais se ampliava o impasse e quanto mais o prefeito Luciano Barbosa jogava com as pedras, o tabuleiro do xadrez político arapiraquense parecia configurado.
E a candidatura de Ricardo Teófilo?
A rigor, a candidatura de Ricardo Teófilo nunca existiu; ou melhor, existiu, mas para que o prefeito Luciano Barbosa pudesse ganhar tempo e preparar a apresentação do nome de Célia Rocha sem deixar sequelas – é o que eles pensam.
As sequelas seriam advindas do rompimento do acordo de Célia para apoiar Rogério Teófilo; com os desfiles de nomes de pré-candidatos e o impasse na família Teófilo, o prefeito Luciano Barbosa pensa que eliminou as sequelas.
Será?
E se o eleitorado arapiraquense entender que Rogério Teófilo “é a grande vítima”? Que foi “traído”?
Se o entendimento do eleitorado arapiraquense for esse, então a deputada federal Célia Rocha pode estar fazendo um mau negócio ao disputar a prefeitura. É da índole do eleitor optar pelo sacrificado num processo eleitoral tumultuado – e o sacrificado é Rogério.
Já pensou se Célia Rocha perder a eleição? Como vai ficar o grupo?
Na eleição passada o governador Téo Vilela venceu a disputa em Arapiraca, mesmo enfrentando o prefeito Luciano Barbosa. Se o governo investir na candidatura de Rogério, é possível manter o resultado favorável na região.
E aí...
Parte do eleitorado arapiraquense já entendeu que o prefeito Luciano Barbosa não queria Rogério nem Ricardo. Imagine se Ricardo tivesse conseguido convencer o irmão a desistir de disputar a prefeitura, o que iria acontecer:
1) O prefeito Luciano Barbosa iria apoiar mesmo Ricardo?
2) E se Ricardo, uma vez eleito, se recompusesse com o irmão Rogério, como ficaria o prefeito?
Mas, gente, o pior será se Célia Rocha não se eleger. Aí vai ser complicado para o grupo em 2014.