Voltando de férias do blog do Fleming; retomo hoje com texto muito interessante do jornalista Paulo Moreira Leite colunista da revista Época.
Agradeço aos poucos, porém fieis leitores desse blog de resistência e luta por aguardarem pacientemente o meu retorno. Ainda hoje, texto novo e polêmico.
Por Paulo Moreira Leite
Começo a ficar irritado com observadores e analistas que se declaram preocupados com o “uso político” de determinados acontecimentos. Pergunto a origem desse comportamento.
Recentemente até políticos se pronunciaram contra o “uso político” do
despejo de moradores do Pinheirinho.
Um número imenso se revela incomodado com o “uso político” das UPPs no Rio de Janeiro. Idem para a Cracolândia. Para a taxa de juros.
O Bolsa-Família já foi muito criticado por seu “uso político.” O argumento era assim: “a idéia não é ruim. O problema é o uso político.”
Com esse argumento, procura-se separar o eventual benefício de determinada proposta daqueles dividendos (ou prejuízos) que ela poderia gerar às autoridades. Faz sentido?
Numa sociedade democrática, é natural que erros e acertos produzam efeitos políticos. Isso porque as pessoas se informam, têm liberdade para julgar, dão opinião, tomam partido, discutem. Seria hipocrisia fingir que não é assim.
Leia texto completo aqui.