Quem houve o diálogo travado entre a autoridade marítima italiana e o capitão do transatlântico Costa Concórdia se enoja com a covardia do causador do acidente, que deixou vários mortos após chocar-se com as rochas e adernar ao largo da ilha de Giglio, no Mar Tirreno.
Francesco Schettino é o nome do covarde!
Ele contrariou o que há de mais nobre para quem exerce o comando de uma embarcação: foi o primeiro a fugir para se salvar...
Covarde! Covarde! Covarde!
Canalha! Canalha! Canalha!
Para quem sabe o significado do verbo comandar, entende o tamanho da revolta que o caso provoca.
Para quem não é ligado ao mar, é bom esclarecer que nós, homens do mar, acreditamos que os barcos têm alma e vida, seja qual for o seu tamanho, tanto é verdade que os homens os batizam.
Um homem do mar se importa com a segurança do seu barco, de sua tripulação e das demais pessoas a bordo.
Um barco enfrenta todas as adversidades do mar para corresponder aos comandos impostos por seu comandante.
Já um canalha, com nada se importa, nem consigo mesmo, pois seu espírito é pobre e desprovido de nobreza...