Assustado como nunca se viu, o deputado Dudu Holanda está convencido de que ia morrer no Réveillon. Só não morreu graças a patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal, em Pernambuco, que abordaram numa blitz o pistoleiro.

Foi em Pernambuco, onde nasceu Dudu. De novo.

O plano do qual Dudu seria vítima teve no começo a participação de policiais, que teriam sido presos, e soube-se depois que não há policial algum envolvido.

Houve desmentidos; conversa vai, conversa vem, e tudo já estava se encaminhando para a normalidade quando estoura outra bomba –que é o depoimento do pistoleiro preso em Pernambuco.

O deputado Dudu Holanda leu o depoimento frio e detalhado do pistoleiro e gelou. Sua vida custa R$ 140 mil divididos em duas vezes.

Acusado como mentor do plano e o mandante do crime, o deputado Cícero Ferro reagiu sustentando que é tudo mentira.

E a polícia, que deveria clarear as coisas, apenas ajuda a colocar mais dúvidas quando não apresenta esse pistoleiro e expõe os detalhes reais do plano.

Virou, então, o samba do crioulo doido – que o deputado Dudu não quer dançar.

Dudu anunciou que vai reassumir o mandato, o que implica na saída de Cícero Ferro – que, assim, fica sem a imunidade parlamentar. A não ser que o deputado Maurício Tavares aceite “adoecer” novamente, ou então, o deputado Marcelo Victor aceite “adoecer” pela primeira vez.

O problema de Marcelo Victor é que ele é o primeiro-secretário, e é pela primeira-secretaria por onde tudo passa; o primeiro-secretário tem o poder da “carimbada” que fabrica ouro em pó para todos.

Ou não.

Como o suplente não pode assumir cargo na Mesa Diretora, Marcelo Victor seria substituído e teria de repassar o “carimbo” da “carimbada fatal”, ou seja, a chave do cofre.

A semana promete e que todos tenham um bom final de semana.

Mas, cá pra nós, vamos fazer uma consulta:

1) O deputado Dudu Holanda corre perigo?
2) O deputado Cícero Ferro é inocente?
3) A polícia ainda está devendo explicação?