A disputa pela Prefeitura de Maceió está embolada e pode protagonizar a repetição da história com desfecho inverso.

O efeito inverso da repetição da história teria – ou terá - pelo menos um dos três personagens da história antiga na disputa este ano.

Vamos explicar:

Na década de 1990, Ronaldo Lessa se elegeu prefeito se aproveitando da brecha aberta com a disputa entre Teotônio Vilela e o saudoso José Bernardes – que, na realidade, possuíam as mesmas origens políticas e bases coincidentes.

Se, na eleição este ano, acontecer de:

1) A esquerda lança dois candidatos.
2) O deputado Jeferson Moraes entra na disputa.
3) O deputado federal Rui Palmeira sai candidato.
4) O prefeito Cícero Almeida, finalmente, se decide.


As quatro combinações dos fatores ou apenas dois deles, que seria a união de Rui Palmeira com Jeferson Moraes, fariam – farão – a diferença na eleição.

Na hipótese da união de Rui com Jeferson, o resultado seria igualmente a união do eleitorado da classe média com a periferia e o maior prejudicado seria – será – Lessa.

E isto sem contar ainda com o prefeito Cícero Almeida – que ficou entre a cruz e a espada; Almeida não sabe se segue o senador Renan Calheiros ou o deputado federal João Lyra.

Aliás, Almeida ainda pensa em largar tudo e disputar a eleição para vereador porque ficar dois anos sem mandato é uma eternidade.

Chegaria à Câmara com uma votação estupenda e se elegeria presidente da Casa. Nessa condição, os dois anos até a eleição majoritária de 2014 passariam sem que sentisse.

Até o prazo para se desincompatibilizar, que é final de março, tudo pode acontecer. Só não pode é o prefeito Cícero Almeida ficar na indecisão.


É Mosart Amaral ou não é?

É, mas fale baixo que é para o deputado João Lyra não ouvir.

É João Lyra ou não é?

É, mas fale baixo para o senador Renan não ouvir.

Agindo assim Almeida está ampliando o fosso que cavou para si e que o impediu de sair candidato a governador em 2010.

Almeida diz que abriu mão da candidatura a governador em 2010, mas é bravata. Como ele poderia disputar o governo do Estado sem legenda? O PP já havia decidido em convenção que a disputa majoritária seria apenas para o Senado.

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