Brasília – Pelo telefone, o companheiro jornalista-botafoguense Marcos Rodrigues informa-me sobre a sugestão do coronel Dario Cesar.
- “Assistam o filme Tropa de elite 2. É didático” – sugeriu o secretário de Defesa Social.
Foi na entrevista concedida na Rádio Jornal AM 710, no programa que o companheiro Marcos Rodrigues comanda com sucesso.
Mas, aqui pra nós, o que alguns podem entender como sugestão eu prefiro interpretar como aviso do coronel Dario Cesar.
Um aviso sutil, pois não. Aviso aos navegantes, especialmente policiais civis e militares, que navegam na onda da criminalidade.
Para os que não têm memória curta, a lembrança do passado recente em Alagoas também leva a interpretar como aviso-advertência a sugestão do coronel Dario.
E para os que esquecem fácil o que se passou ontem e, por conseguinte, não entendem o que se passa hoje, vamos ao “arquivo memoriol”.
1) Policiais civis alagoanos se enfrentaram a bala entre si, com várias baixas, e o motivo foi o envolvimento de todos em crimes.
Crimes de todas as ordens, sobretudo o que envolve dinheiro.
2) No assalto à agência do Banco do Brasil em Colônia Leopoldina, em 2003, um policial militar da “banda boa” reagiu e foi morto por um bandido que estava na carroceria da camionete dando cobertura ao bando.
Depois de alvejá-lo, o bandido saltou da carroceria e ainda disse para o PM agonizando na calçada:
- Por que você reagiu, cara?
Dizem que só faltou bater continência, como última reverência por ter matado – um colega de farda? – quem cumpria com o dever.
Abrindo um parêntesis: alguém sabe informar se os Direitos Humanos foi prestar solidariedade à família enlutada do policial honesto?
Fechando o parêntesis.
Entre 1998 e 2006, Alagoas bateu o recorde mundial de assaltos a agências bancárias sem que a polícia tivesse prendido um só assaltante, unzinho sequer!
Pior: as autoridades policiais desse passado recente nebulosos escondiam o número, de modo que a Folha de São Paulo, para fazer uma matéria, teve de apelar para a Secretaria de Segurança Pública do Ceará.
Lembram-se disso?
Não pensem que essa “banda podre” se desfez. A “guarda mal-assombrada” que agiu impunemente em Alagoas entre 1998 e 2006 apenas está camuflada, porque não conta mais com a cobertura que tinha.
Mas, está indócil porque “a fonte secou”. Antes, quando precisava de dinheiro, ia ao Banco do Brasil – o alvo preferido – e sacava. Por favor não confundir com sacar dinheiro; esse bando sacava a arma e anunciava o assalto, sempre com a certeza de que não seria descoberto.
Não duvido – não duvidem! – se por trás dessa onda de violência em Alagoas estiver a “banda podre”. Afinal, secaram a fonte deles e não vão deixar barato.
Daí, o aviso ou o recado do coronel Dario Cesar combina com o que a sociedade sadia de Alagoas espera – que é o surgimento de um “capitão Nascimento” caeté.
Porque o “câncer” também se disfarça.