Brasília – O ex-governador Ronaldo Lessa vai cuidar agora da campanha para a Prefeitura de Maceió. Ele também estava ansioso com o resultado do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral e já admitia que “estava perdendo muito tempo em Brasília” acompanhando o processo no TSE.
E tempo, para quem é candidato, é ouro. Ou melhor: é voto.
Um ano depois e finalmente a eleição majoritária de 2010 terminou; a perspectiva de Lessa assumir o governo diante da condenação do governador Téo Vilela mexia com ambos e prejudicava a todos.
Continuo achando um absurdo o tapetão, seja na política ou no futebol. Se há irregularidade, então que se anule a eleição ou a partida de futebol. O que não pode é dar direito à vitória a quem perdeu de fato; no caso da eleição, o único soberano é o eleitor, e no caso do futebol o soberano é o gol.
Uma eleição se ganha com votos e uma partida de futebol se ganha com gol; se há irregularidade no voto ou no gol – repito – que se anule a eleição ou a partida. Mas, o que não pode é decretar a vitória para quem não teve votos suficientes ou não fez os gols necessários.
Mas, gente, parece que deram um nó na questão; a decisão do TSE de multar o governador Téo Vilela vai levá-lo ao imbróglio jurídico em 2014, se quiser disputar a vaga (única) para o Senado e for interpelado quanto à punição (multa) por um colegiado.
Se for assim, abre-se uma porta para o senador Fernando Collor tentar a reeleição. Existe a possibilidade de Collor disputar o governo do Estado, mas esta possibilidade é o seu “plano B” e está condicionado a um caixa de campanha para cobrir os custos – e uma campanha do Collor, já se sabe, é cara.
Voltando à eleição de 2010, que terminou esta semana, o que Lessa deve fazer agora? Cuidar da campanha para a Prefeitura ou se recolher se preparando para 2014?
PS– Não é verdade que os senadores Fernando Collor e Renan Calheiros interferiram em favor de Lessa. Também não é verdade que o governador Téo Vilela esteve de gabinete em gabinete, no TSE, pedindo o apoio dos ministros.