Violência é o rebotalho humano segregado nas grotas do Benedito Bentes e adjacências, que desce à fartura litorânea e rouba um celular da classe média e rica, ou a violência é uma jovem de classe média que já coleciona três homicídios nas costas e a lei não consegue alcançá-lo?

É preciso definir urgentemente o que é violência em Alagoas, porque essas variantes confundem. Existe a violência e a violência.

Assalto a banco e o uso do maçarico para explodir caixas eletrônicos devem ser enquadrados em que tipo de violência?

Só uma coisa é comum de todos os tipos de violência – que é a impunidade. Sem faro de doberman , a lei não conseguiu pegar o jovem que já matou três e continua impune. Para infortúnio da família do pobre garçom que cruzou o caminho do jovem-matador, há mais um registro macabro dessa violência que não se entende – porque é resultado da mais bárbara das impunidades, que vem da conivência.

A expansão urbana traz no seu rastro os problemas que a sociedade alagoana, desacostumada, não entende ou finge não entender. E o pior é que busca a solução confundindo os diferentes tipos de violência que caracterizam Alagoas.

O que é, pois, violência em Alagoas?

1) É o prefeito que desvia o dinheiro da merenda escolar?
2) É o assalto de tênis e celular?
3) É o assalto a banco?
4) É o jovem-matador que a lei não conseguiu até agora prender e desarmar?