Brasília – Daqui a leitura que se faz sobre o “espetaculoso” assalto à agência do Banco do Brasil em Piaçabuçu é a seguinte:

Se a polícia não prender os assaltantes, esse assalto reabre a temporada de assaltos em ano pré-eleitoral e eleitoral em Alagoas – o que não se registrava desde 2007.

A investigação deve levar em conta o relatório da CPI da Pistolagem na Câmara Federal, que destrincha tim-tim por tim-tim o mecanismo do crime.

O relatório do deputado federal Luiz Couto (PT-PB) é contundente quando afirma que existe uma ligação para o crime entre os estados.

Na verdade é o velho Sindicato do Crime, que atua hoje remasterizado. É a volta dos que não foram.

O relatório diz que o conluio criminoso junta bandidos de Alagoas, de Pernambuco e da Paraíba e, de ordinário, tem a participação de policiais e ex-policiais.

São organizados, de modo que a “tropa” de assaltantes se alterna nas ações. A tropa de Pernambuco não atua em Pernambuco – atua na Paraíba, Alagoas...

A “tropa” de Alagoas idem.

Aliás, a “tropa” alagoana sofreu sérias baixas com a prisão dos “cabeças” do bando. Na solidariedade que une os criminosos, o assalto à agência do BB de Piaçabuçu pode ser o primeiro gesto de apoio aos “irmãos do crime” que estão em apuros.

Quem negou essa relação entre assaltos a bancos e a política em Alagoas agiu por inocência ou conivência.

Não dá para separar.

Resta saber agora qual a próxima agência do Banco do Brasil a ser assaltada. Qual será?