Brasília – Foi aprovada a Comissão da Verdade, destinada a levantar os acontecimentos políticos à margem da lei no período de 1946 a 1988.
Por ironia, a Comissão da Verdade começa com uma mentira; na verdade, não vai apurar nada de ilegal e imoral, sobretudo torturas, que ocorreram antes de 1964 – a Comissão da Verdade é apenas para o pós golpe-militar de 64.
Tudo bem.
Não ficará tudo bem se a Comissão da Verdade for de meias-verdades, como tudo indica. Por exemplo: não será apurada a verdade para saber se alguns pilantras que receberam indenização milionária da nação são, de verdade, vítimas da ditadura.
Alguns não são.
Começando com uma mentira, a Comissão da Verdade tem tudo para ser mais um engodo. Ou pior: tem tudo para ser mais um biombo pelo qual os “Zés da Guerrilhas” vão se esconder para arrancar dinheiro da nação com pensões e indenizações.
De certeza mesmo é que a Comissão da Verdade não vai comprovar muitas informações passadas por falsas vítimas da ditadura, ou seja, os guerrilheiros que nunca foram à guerrilha e os assaltantes de bancos que não agiam em prol da causa da revolução.
E será que a Comissão da Verdade vai desmoralizar os falsos mitos? Duvido.
Sendo assim, a Comissão da Verdade tem tudo para ser mais uma Comissão de Mentiras. Mas, afinal, o que seria da verdade se não houvesse a mentira?
Uma coisa completa a outra, é ou não é?