Brasília –- Daqui conversei pelo telefone com um amigo em Maceió, que me disse o seguinte: o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Luiz Eustáquio Toledo, tem a chance agora de se livrar do diretor Financeiro e do diretor de Recursos Humanos – que ele “engoliu” por imposição do acordo que o levou novamente à presidência do TC.
O conselheiro Luiz Eustáquio não queria manter Dêvis de Melo e José Pereira Barbosa, mas recuou diante da imposição do acordo para se eleger presidente. Não se sabe se o conselheiro já tinha conhecimento das traquinagens da dupla, mas a verdade é que Luiz Eustáquio não desejava manter Dêvis deMelo e José Pereira.
Disse-me o amigo que os manteve – repetimos – devido ao acordo para se eleger presidente do TC numa eleição de consenso geral. Esse amigo, que é o Tribunal de Contas e acompanha os bastidores do órgão, garantiu-me que o conselheiro Luiz Eustáquio “é bem intencionado”, mas esbarra numa estrutura viciada e, sabe-se agora, corrupta que há tempo tomou de assalto a burocracia financeira do TC.
Disse-me também que Dêvis de Melo é “um laranja”; que por trás dele tem uma figura com direito a “foro privilegiado” e que já está implicada em outras transações ilegais, de modo que age à sombra no Tribunal de Contas. Quem será? Ou melhor: será que isso é verdade?
O conselheiro Luiz Eustáquio tem a chance de fazer a faxina que se exige no TC, até porque ele estará vulnerável diante da ação da quadrilha instalada no órgão. Se não combater a quadrilha poderá ser acusado de omissão.
O problema é que, se combatê-la, o conselheiro Eustáquio Toledo estará comprando uma briga séria com o patrono dos “meninos”. O presidente do TC vive esse dilema.