Brasília – Não há como fugir da assertiva: quando alguém tenta se defender desmerecendo o denunciante é porque tem culpa no cartório.

No caso do ministro do Esporte, Orlando Silva, isto ficou caracterizado na tentativa vã dele de desqualificar o militante desgarrado João Dias.

Hoje desafeto, o João Dias ontem era um quadro operante; e de tão operante teve direito a fundar e lucrar com duas ONGs instaladas no “sugadouro” do Ministério.

O que aconteceu para João Dias se rebelar? Eis a questão.

Ainda que não se saiba o motivo da revolta do militante – e militar – o que se deduz é o seguinte: João Dias exigia uma blindagem para evitar a devolução de R$ 4 milhões, que ele recebeu para as suas ONGs, e não obteve. Revoltado, ele decidiu não cair sozinho e detonou o esquema. Ou seja: cuspiu no prato que comeu.

Não dá mais para sustentar o ministro Orlando Silva no cargo, mas o estranho é que a FIFA já anunciou a sua demissão; um diretor da FIFA anunciou que Orlando Silva não é mais ministro do Esporte. A FIFA anunciou a demissão do ministro antes do governo.

Em tempo: mas o Ministério do Esporte continuará na cota do PC do B.

CAVALOS MARINHOS

Que no Tribunal de Contas do Estado tem algo errado e não é de agora, todos sabem. Nada que se possa descobrir e divulgar acerca do TC alagoano surpreende; o que surpreende é exatamente quando o TC age corretamente e com lisura.

Mas, não dá para entender como o diretor Financeiro Dêvis Portela de Melo Filho fazia toda aquela trambicada na contabilidade do TC sem o “aval” do chefe-maior. Dêvis de Melo pode até assumir sozinho a bronca, mas ele não está só.

E por que não aparece o chefe-mor da quadrilha? Dizem que é para o processo não ir parar no Supremo Tribunal Federal.

Ah, bom.

Quer dizer então que ficará restrito ao Dêvis de Melo – que foi dar com os burros, digo, cavalos, n’ água?

Quem o amigo internauta acha que está realmente por trás da trambicada toda? Quem é o chefe-maior ou o “dom Ratão” dessa verdadeira fábula dos cavalos de raça?