Assim se deu a coisa toda, em resumo. Jean Wyllys implicou com as marchas contra a corrupção no seu Twitter (@Jeanwyllys_real). Reinaldo Azevedo (blogueiro da Veja) pegou no pé dele. Jean, então, arretou-se e chamou Reinaldo Azevedo de gay enrustido. Isso mesmo! Jean usou a expressão para xingar o sujeito (Leia aqui o texto do Reinaldo Azevedo). Aí Candice Almeida (@canalmeida), que tem um blogue (leia aqui), cobrou do deputado que explicasse esse absurdo.
Candice cobrou explicações pelo Twitter e Jean não gostou. Ao invés de se explicar ou mesmo de se negar a falar sobre o assunto, atacou a condição de alagoana de Candice como sendo um impeditivo para o debate. Julgou Candice pela “cara” e disse que ela deveria se preocupar com a pobreza de Alagoas, não com ele. Jean se referia a dois críticos alagoanos (o outro não sei quem era). Assim ele escreveu:
“Uma tem cara da típica filha da elite de Alagoas, com seu discurso anti-esquerda e sua referencia (sic) patética a 'heterofobia'”.
“Deveriam se dedicar a fiscalizar o IDH de Alagoas, que não é dos melhores, em vez de ficar me patrulhando no Twitter. É o fim!”
Vocês entenderam bem? Jean Willys, ex-BBB e agora deputado, disse que não aceitaria dialogar com Candice, pois ela seria alagoana. E alagoanos deveriam se preocupar com o baixo IDH de Alagoas. Desqualificou o debatedor porque não tinha argumentos sólidos para defender sua postura. Não, Jean não falou de todos os alagoanos. Ele só usou a região em que alguém nasceu como impeditivo para o debate.
Agora eu pergunto. O fato de o debatedor viver em Alagoas, na Paraíba ou no Rio de Janeiro (como o baiano Jean) o torna menos capaz de debater? O que uma coisa tem a ver com a outra? Quanta bobagem, Jean! É o velho argumento ad hominem que já denunciei aqui. Nesse caso, porém, a característica pessoal negativa era a região de origem, numa clara manifestação de preconceito. Sim, o argumento é falacioso, mas, além disso, traz consigo um preconceito. Oriundos de estados pobres como Alagoas devem se abster de criticar Jean. Devem falar apenas de IDH.
Esclareço aqui que não quero pegar no pé do sujeito. Vejam seu perfil no Twitter e julguem vocês mesmos. Mas ele, que sempre usa sua condição de homossexual como salvo-conduto para dizer e defender as maiores besteiras, precisa ser confrontado com suas tolices. Quando colocado contra a parede, manifesta todo seu preconceito e sua raiva. É, no fundo, um intolerante, e, por isso, merece ser combatido.
Sinto falta da época em que o movimento homossexual tinha pautas liberais ou igualitárias...