As vendas de imóveis novos residenciais na capital paulista recuaram 23,8% nos oito primeiros meses deste ano ante igual período em 2010, atingindo 16.636 unidades, de acordo com a pesquisa do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo divulgada nesta sexta-feira
"Sempre é bom lembrar que essa diferença já foi de 49,6% na comparação do primeiro trimestre e de 28,6% no período de janeiro a julho do ano passado", ressalta Celso Petrucci, economista-chefe da entidade.
Considerando apenas agosto, a diminuição foi de 17,9% ante julho, para 2.234 unidades. Já em relação ao mesmo mês de 2010, houve alta de 36,4%.
O segmento de dois dormitórios respondeu por 67,8% da venda mensal. Já os imóveis de três quartos registraram uma participação de 21%. Na análise da área útil das moradias, mais da metade (54,9%) do total comercializado em agosto tinha entre 46 m² e 65 m².
"Os aspectos acima demonstram que a oferta de imóveis novos na cidade está plenamente aderente à demanda do mercado", afirma Petrucci.
Já os lançamentos residenciais (3.687 unidades) tiveram crescimento de 35% no confronto com julho e de 111,8% na comparação com o mesmo mês no ano passado, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).
No acumulado do ano (20.411 imóveis), houve alta de 14% ante os oito primeiros meses de 2010, o que leva o Secovi-SP a reforçar a estimativa de 38 mil unidades lançadas em 2011.
REGIÃO METROPOLITANA
Na região metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios, as vendas em agosto (5.072 unidades) apresentaram alta de 11,4% ante julho e de 32,6% no confronto com igual intervalo no ano passado. A capital respondeu por 44% do total comercializado.
"A dificuldade de viabilizar o desenvolvimento imobiliário na cidade de São Paulo resulta de vários motivos, que vão desde a escassez de terrenos até os entraves produzidos pela legislação urbanística, que afetam e afetarão as atividades do setor", diz Petrucci.
No acumulado do ano (33.804 unidades), no entanto, também houve queda na comercialização de moradias na Grande São Paulo, de 19%.