O ICV (Índice do Custo de Vida), que reflete a inflação no município de São Paulo, acelerou para 0,69% em setembro, ante alta de 0,39% em agosto. O cálculo foi realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e divulgado nesta quinta-feira (6).
O grupo que mais influenciou na alta foi o de saúde, com elevação de 1,72%, seguido por alimentação (0,82%), habitação (0,56%) e transporte (0,58%).
A inflação acumulada pelo ICV geral, nos últimos 12 meses (entre outubro de 2010 e setembro), é de 7,45%. No ano, o acumulado corresponde a 4,69%.
Quatro dos dez grupos que compõem o ICV, chamam atenção por estarem com taxas superiores ao índice acumulado no ano (4,69%). São eles: transportes (7,55%), saúde (6,46%), educação e leitura (5,81%) e despesas pessoais (4,74%).
Alimentação (4,10%), habitação (3,51%), vestuário (2,29%), recreação (0,86%) e equipamentos domésticos (-2,52%), permanecem abaixo do índice no ano.
SUBGRUPOS
Em saúde (1,72%), o aumento se deu, principalmente, no subgrupo da assistência médica (2,13%), consequência dos reajustes dos seguros e convênios médicos (2,57%).
Já no subgrupos alimentação (0,82%), as influências foram variadas: produtos in natura e semielaborados (1,02%), produtos da indústria alimentícia (0,64%) e alimentação fora do domicílio (0,72%).
A taxa da habitação (0,56%) foi resultado, principalmente, do reajuste na tarifa de água e esgoto (3,42%), aumento este que deve ter impacto também sobre a inflação
de outubro, dado que a mudança de valor, da ordem de 6,96%, incidiu somente a partir da segunda quinzena de setembro.
A alta no transporte (0,58%) ocorreu em ambos os subgrupos: individual (0,74%), devido ao reajuste acentuado do álcool combustível (4,04%), e coletivo (0,23%), reflexo do último aumento, em meados de agosto, na tarifa dos ônibus interestaduais, da ordem de 5,50%.