Brasília – Leio daqui pelo Cada Minuto as notícias sobre Alagoas; não foi só o umbigo que deixei por lá e faz tempo, mas também amigos e saudades.
Deduzo coisas e chego a conclusões e pode até ser de forma açodada. Mas, vejamos: em Maceió, o prefeito reeleito com o maior percentual de votação não tem como comandar a sucessão.
Idem em Arapiraca, com o prefeito Luciano Barbosa, outro campeão de votos que peleja para encontrar alguém capaz de superar Rogério Teófilo e não encontrou até agora.
Luciano está vendo o processo sucessório escapar-lhe das mãos e a esperança é que o senador Renan Calheiros apareça para salvá-lo da aflição.
Tentada a disputar a eleição, a prefeita Célia Rocha teme a repercussão junto ao eleitorado e tem lá pelo menos dois motivos:
1)O eleitor votou em Célia para a Câmara Federal, para ocupar o lugar da saudosa Cecy Cunha.
2)Célia tem um compromisso moral com Rogério Teófilo – e toda Arapiraca sabe disso.
Tá aí o nó cego; o nó apertado.
E sendo assim, caros internautas, a política em Alagoas tem essas peculiaridades que alimentam a máxima: não basta ter votos; é imperioso ter cabeça.
É verdade que, em Arapiraca, tem a disputa com o PSDB e isto justifica a posição do prefeito Luciano Barbosa. Mas, tem também o fato de que ninguém pode negar o acordo para se apoiar Rogério.
E em Maceió o prefeito Cícero Almeida deixa a dúvida sobre se ele se perdeu porque perdeu a cabeça ou se perdeu a cabeça porque se perdeu.
E o maior erro político do prefeito Cícero Almeida foi deixar prosperar o estereótipo de infidelidade, e isto rendendo homenagens e jurando gratidão a quem não iria mais seguir.
Foi assim com Geraldo Sampaio e João Lyra; o primeiro o “pai-político” no palanque eletrônico da TV Alagoas, e o outro o “pai-de-criação” sem o qual não teria o “alimento” certo para crescer e prosperar.
São coisas da política.