Já manifestei aqui no blog minha opinião contrária ao aumento no número de cadeiras na Câmara Municipal.

Para que servirão mais 10 vereadores do legislativo maceioense?

Esta é a questão que não cala!

O prazo para a filiação partidária com vistas à eleição de 2012 está se expirando.

E o que estamos vendo nesta reta final é um festival de excitação de muita gente que, embalada pelo sonho da vereança “turbinada” por mais uma dezena de cadeiras, – e no mínimo mais 250 assessores parlamentares fora outros “custos” de cada vaga na Câmara – “sonha” em representar o cidadão maceioense no parlamento que é “mirim” só no apelido, não no orçamento.

E neste quesito “finanças” a Câmara é bem “gulosa”, se é que me entendem!

Esclareçamos alguns pontos:

É louvável e digno de defesa o ideal republicano da representação democrática mediante escolha livre e universal por parte de cidadãos eleitores.

E mais: devemos defender a instituição da Câmara de Vereadores de Maceió, Casa que deve representar a sociedade e que merece todo o respeito. De nada adianta a crítica vazia. A Câmara pode, deve, por vezes até faz, e precisa cada vez mais atuar com este norte de interesse público.

Isto não se discute!

Neste contexto, é claro que um número maior de representantes eleitos democraticamente no parlamento municipal pode (ou poderia), em tese, aumentar e amplificar o alcance da voz da sociedade nas decisões municipais.

Inclusive mais vereadores podem (de novo, em tese!) ofertar oportunidades para que mais setores e mais segmentos do coletivo social sejam beneficiados com mais vagas e maior possibilidade de acesso à Casa de Mário Guimarães.

Entretanto, a maioria da população desconfia que este ideal republicano está distante do ideário da maioria dos pretensos candidatos e de suas agremiações e partidos políticos.

Seja de esquerda, seja de direita, seja de centro, se é que isto ainda existe em Maceió após o “Ciçonami” que vem devastando, destruindo e destroçando nossa cidade desde 2005, reeleito em 2008.

O que se percebe pelo posicionamento de algumas “lideranças” políticas de Alagoas, salvo exceções, é a sanha mesquinha por se aboletar na cadeira de vereador, empregar parasitas em cargos comissionados, fazer barganha com a prefeitura e pouco trabalhar em prol do cidadão de Maceió.

Naturalmente há exceções neste quadro! E que fique bem claro que há vereador e líder político que respeita a sociedade e honra o voto que recebeu, lutando por dias melhores em nossa sofrida capital.

Mas, no geral, é lamentável constatar que tal postura não é global na Câmara de Vereadores.

Por fim, alguns desafios:

Por que os partidores de esquerda (repetindo, se é que eles ainda existem!) não externam com contundência sua posição perante o fato? E porque os partidos de esquerda ou de direita que se dizem contra não adotam providências para, no mínimo, colocar obstáculos a esta artimanha da multiplicação das vagas?

Quais ações de destaque em defesa da sociedade, em prol da fiscalização da Prefeitura e em proposição de Leis a Câmara vem fazendo com seus 21 vereadores? Ou que trabalho “gigantesco” é este que exige mais 10 vagas de vereador, mais gabinetes, mais verbas de representação, mais assessores, mais duodécimo?

A palavra fica por conta de nossa classe política.

Já que sem respeito ficamos todos nós eleitores e pagadores de impostos, esperançosos e necessitados por representação de qualidade na Câmara.

Representação que se quer não somente em quantidade em cadeiras, futricas individuais, interesses menores, “aspones” e contra-cheques maliciosos. 

 

 

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