Em termos de trabalho e organização, podemos comparar um condomínio com uma empresa ou, dependendo do tamanho, a uma cidade. Os síndicos eleitos pelos moradores exercem a função do que poderíamos chamar de ‘prefeito’ ou ‘diretor’, pois exercem a importante função de administrar em busca de melhor qualidade de vida aos moradores, manutenção das áreas comuns, melhorias físicas e técnicas, segurança e, para que tudo isso funcione, contam com funcionários ou prestadores de serviços.
Porém, apesar de todo trabalho e responsabilidade, a maioria dos síndicos, que normalmente são moradores, divide essa função com suas próprias profissões e trabalhos seculares. Um bom exemplo disso é a contadora e estudante Selma Bispo Nunes, que é síndica do Condomínio Vivenda dos Sonhos, com 180 apartamentos e aproximadamente 600 pessoas: “Realizo este trabalho há 11 anos, com muita responsabilidade e dedicação.”, conta.
Para realizar o trabalho de síndico de condomínio é necessário ter o que os brasileiros gostam de chamar de ‘jogo de cintura’, ou seja, saber driblar situações difíceis e apresentar soluções adequadas. Por isso, para facilitar essa difícil tarefa, a maioria dos síndicos dá preferência para serviços terceirizados quando se fala em segurança, portaria, zeladoria, conservação e limpeza. “Embora o custo pareça mais alto em comparação com a contratação direta, compensa muito mais a terceirização, por vários fatores: não há preocupação com a rotina e seleção de funcionários, treinamento, reciclagem, pronto atendimento na reposição de faltas, férias ou desligamento de funcionários, plantonistas, rescisões entre outras coisas.”, destaca Elaine Fátima Zanquetta de Oliveira, sindica do Garden Village Condominium, há seis anos.
Esta preferência está relacionada às dificuldades encontradas na atualidade em recrutar profissionais qualificados, que ofereçam segurança. “Muitos pensam que a segurança deve vir apenas da portaria e seus profissionais, porém, é um papel que todos precisam desempenhar tanto porteiros, zeladores, profissionais da limpeza ou manutenção, moradores ou empregados dos apartamentos e casas. Todos devem estar integrados e informados da sua parcela de responsabilidade, pois os dados da polícia demonstram que, na maioria dos casos de assaltos ou invasões a condomínios, houve vazamento de informações internas.”, alerta Jorge T. Margueiro, especialista em condomínios, da GS Terceirização.
Segundo a síndica Elaine, as empresas terceirizadas oferecem estrutura profissional e estão sempre se especializando, buscando conhecimento dentro do mercado, para que possam direcionar melhores treinamentos e formar profissionais preparados para oferecer além de qualidade de serviço, mais segurança ao condomínio.