Brasília – Confesso que não conhecia o trabalho do filósofo inglês Roger Scruton e confesso também que ao ler a entrevista dele senti um orgulho danado de mim mesmo.
Permitam-me.
Tenha cá minhas razões, pois as idéias que defendo são para muitos meras extravagâncias e alguns até já compararam a titica de galinha.
Pois o filósofo Roger Scruton veio em meu socorro. A entrevista está na página amarela da Veja que tem o ator Reinaldo Giannecchini na capa.
Recentemente escrevi sobre os ambientalistas, os ecologistas que defendem (?) a Amazônia escudados em índios usados como “inocentes úteis” ou traíras mesmo, pois índio também é gente e gente tem defeitos e qualidades.
Leiam o que disse o filósofo:
“Há dois tipos de ambientalistas. O primeiro sonha com soluções amplas, inalcançáveis, cujo objetivo real não é promover o bem de ninguém nem do planeta, mas sim inflar o ego de seus criadores”.
Diz o filósofo que o segundo tipo de ambientalista é o conservador – que é realista e tem consciência de que o problema ambiental é complexo.
Ousadamente acrescento o terceiro tipo de ambientalista, porque o filósofo não conhece a realidade brasileira: é o punguista que, de ordinário, vem da chamada “esquerda”.
Em Alagoas, foram eles que prejudicaram o Estado na questão do Pólo Cloroquímico; foram eles que se venderam ao Rio Grande do Sul na disputa com Alagoas pelo terceiro pólo cloroquímico do país.
E leiam o que diz o filósofo complementando a resposta sobre ambientalistas:
“O problema é que a questão ambiental foi parar nas mãos erradas. A esquerda transformou a proteção ambiental em uma causa, em um movimento que necessita de intervenções estatais, em um assunto em que há culpados e vítimas. No caso os culpados são os capitalistas e a vítima é o planeta. A esquerda adora o culto à vítima”.
“...No século XIX, a esquerda pretendia salvar os proletários. Nos anos 60, a juventude. Depois vieram as mulheres e, por último, os animais. Agora, eles pretendem resgatar o planeta, a maior de todas as vítimas que encontram para justificar seus atos”.
A entrevista do filósofo Roger Scruton é para mim um trunfo. Não tenho a bagagem nem a categoria do nobre filósofo inglês, sou apenas um ex-rapaz e hoje velho latino americano sem dinheiro no banco, mas posso dizer de peito arfado e nariz empinado que: eu sempre disse isto.
Eu já dizia isto. Dizia, digo e, de agora em diante, meu compromisso é desmascarar esses ambientalistas que, na verdade, são mesmo é punguistas, aproveitadores e traidores da pátria.
PS– Meus pêsames à família do companheiro Cleto Falcão, especialmente à filha dele, a jornalista Tainá Falcão, da Rede Record e minha colega de trabalho aqui em Brasília. Descanse em paz, Cleto.