Brasília – Quando encontro alguém se dizendo ambientalista, ecologista – que rima com safadista – minha primeira reação é segurar a carteira. Não tenho muito, mas eles vivem de migalhas e de grão em grão o papo da galinha enche.

Há exceções, claro, mas como a maioria dos ambientalistas que conheci e conheço é formada por punguistas, tenho cá minhas razões para me proteger.

Além do trauma, evidentemente.

Não esqueço a cena que se passou no começo da década de 1980. Eu estava em Brasília acompanhando o então governador Guilherme Palmeira numa audiência no Ministério da Indústria e Comércio.

O Guilherme lutava pela aprovação do Pólo Cloroquímico de Alagoas, numa disputa desigual com o Rio Grande do Sul. Depois da explanação do secretário de Planejamento e coordenador do pólo, Evilásio Soriano, o ministro Camilo Pena abriu a gaveta e mostrou um dossiê elaborado por um grupo de alagoanos safados, a serviço do Rio Grande Sul.

O relatório dizia que o pólo alagoano tinha sido construído numa área de mangue em Marechal Deodoro. Pura covardia, como convém aos traidores. O ministro argumentou que Alagoas estava fora da disputa e que o pólo iria mesmo para o Rio Grande do Sul.

Soube depois que os pilantras alagoanos, que se diziam e ainda hoje se dizem ambientalistas, ganharam uma grana boa para elaborarem o dossiê.

Era um movimento ambientalista que existia em Alagoas, formado por punguistas, e que não existe mais porque foram desmascarados e também porque já encheram a burra com as 30 moedas de Iscariotes.

Até aí eu pensava que era coisa de ambientalista-alagoano-punguista e traíra.

Qual o quê! No começo da década de 1990 tive oportunidade de conhecer uma parte da Amazônia, no Sul do Pará, e me assustei com o número excessivo de gringos se passando por missionários religiosos e ambientalista que, com a ajuda de gentios e inocentes úteis dilapidam a riqueza florestal e o solo brasileiro.

Uma praga.

Eles são contra a qualquer projeto de desenvolvimento econômico na Amazônia e agem assim escudados pelo discurso mentiroso de defesa ambiental. Chegam a sustentar o absurdo quando afirmam que a Amazônia é o pulmão do mundo.

Balela.

Considerando-se que à noite os vegetais liberam gás carbônico, se a Amazônia fosse o pulmão do mundo a metade do mundo já teria morrido asfixiada devido ao fuso horário; quando é noite na Amazônia, é dia na metade do mundo.

Certo?

Esses patifes costumam levar os índios para exporem na Europa e nos Estados Unidos, na tentativa de sensibilizar os incautos. Felizmente, a internet está desmoralizando a farsa.

Não só a internet, mas a providência divina também. O Greenpeace, por exemplo, é hoje uma instituição desmoralizada graças – quanta ironia – à maior tragédia ambiental do século, que ocorreu no Golfo do México, e os ambientalistas do Greenpeace não fizeram nenhum protesto, não deram nenhuma opinião.

Por quê?

Porque o Greenpeace não existe para defender o ambiente; o Greenpeace existe para defender os interesses econômicos internacionais.

Daí, tenham muito cuidado com aqueles que se dizem ambientalistas, ecologista ou ativistas do verde porque o verde que eles defendem é outro.

É o dólar.