Esse governo está mesmo perdido. A mais nova presepada é o usar o bolso do consumidor para proteger os amigos da indústria automobilística. Dilma, além de despreparada, mostra-se uma economista de meia-tigela.

Para proteger a indústria automobilística, dos seus amigos e financiadores, Dilma resolveu taxar em 30% os carros importados. Leia sobre isso aqui.

Protecionismo, amigos, é coisa de estatista dos anos 80. Uma bobagem antiliberal que só beneficia os donos do capital. Quem paga o pato? O consumidor, claro! Fora isso, há os efeitos de longo prazo. Sem competição, a indústria se acomoda e não se desenvolve, ficando refém da proteção e atrasando o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Lembram da “proteção” da indústria de informática nos anos 80? Alguns leitores nem eram nascidos, por isso não sabem o quão atrasada ficou nossa indústria de informática por causa da “proteção” que o Estado patrocinou. Esse caso, aliás, deveria mostrar que o protecionismo quase nunca é a melhor política. Claro que qualquer país pode se proteger de práticas abusivas ou contra produtos sem uma qualificação mínima. Mas o protecionismo exacerbado pode servir apenas para enriquecer alguns amigos do poder.

É simples entender. Com o aumento do IPI para importados, ao invés de baixar os preços, a industria local pode se aproveitar da vantagem e aumentar os preços! Sobra para quem? Para você, consumidor. Além disso, ao invés de gerar empregos, pode afastar o investimento estrangeiro. Quer dizer, os estrangeiros param de investir aqui, enquanto os nacionais se acomodam e continuam produzindo suas carroças a preços altíssimos.

Isso já está acontecendo. A chinesa JAC Motors já avisou que irá rever seus planos de fabricar carros aqui. Teria que importar grande parte dos componentes e, por isso, não vale investir numa montadora para pagar 30% a mais de IPI, né? Veja o nos diz o Estadão:

“O presidente da Jac Motors, Sergio Habib, disse nesta sexta-feira, 16, que, "do jeito que está escrito o decreto hoje, o projeto de construção da fábrica da Jac Motors no Brasil é inviável". "Mas o projeto está mantido por enquanto, porque acredito que o governo vai mudar", afirmou. Segundo Habib, uma montadora leva cerca de três anos para atingir um nível de nacionalização de 65%. 'A previsão da Jac Motors é que a fábrica fique pronta em 2014. Ou seja, só atingiríamos o índice de nacionalização em 2017, o que nos daria direito ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido. Isso é inviável.'”

Menos empregos no Brasil! Dilma já ouviu falar em globalização?

Além desses efeitos deletérios, imediatos e mediatos, há a questão moral. Esse governo não se preocupa em baixar impostos para os pobres. Toda política do governo sobre impostos é orientada para beneficiar certos setores. Normalmente, tais setores são os amigos dos governantes. Eis o círculo vicioso em que nós, pobre consumidores pobres e de classe média, pagamos altos impostos para financiar com isenções e benefícios fiscais os grandes empresários amigos do governo. Sem contar os empréstimos subsidiados do BNDES.

Detalhe: já há quem queira denunciar o Brasil na OMC.

É por isso que eu digo, amigos. O problema do Brasil não é o excesso de capitalismo. É a falta dele.