Brasília – O fato e o ato viram notícia e a notícia se divide em informação e contra-informação. É dever do jornalista ir buscar a ambas, ainda que não lhe seja possível usá-las na matéria jornalística – que segue a técnica inglesa e não pode contrariar os interesse do dono do veículo de comunicação.

A informação e a contra-informação está também na Bíblia com a passagem de Noé, que tomou um porre para comemorar ter sobrevivido ao Dilúvio e ficou nu. Os três filhos viram o pai nu, mas só o mais novo alardeou o fato gritando:

- O pai está nu.

Noé o amaldiçoou por ter dado a notícia; Noé achava que o filho deveria ter feito igual aos dois outros irmãos, que foram buscar um cobertor para cobrir-lhe a nudez.

Para mim Jafé é o primeiro repórter da história, que usou na notícia a informação, ou seja, foi direto e claro. Os dois irmãos de Jafé usaram a contra-informação.

Mas, isto não quer dizer que é sempre a informação que prevalece. Isto depende muito da situação e há casos, muitos casos mesmo, sobretudo na política, em que a contra-informação adquire mais peso e prospera.

Querem um exemplo? Lá vai:

INFORMAÇÃO – O presidente Bush invadiu o Iraque porque o Saddam Hussein estava convertendo para o euro toda a reserva em dólar do Iraque. A decisão de Saddam influenciou até o Irã, arqui-inimigo do Iraque, e a China a fazerem o mesmo com parte das suas reservas em dólar – que passaram para euro.

CONTRA-INFORMAÇÃO – O presidente Bush invadiu o Iraque porque o Saddam Hussein possuía armas químicas – as armas de destruição em massa que não existiam.

O mundo, e especialmente os Estados Unidos, lembra os dez anos do ataque ao Word Trade Center e ao Pentágono embalado ainda por uma só versão dos fatos. E grande parte se contaminou pela versão que leva à idéia de que ainda se luta contra os bárbaros.

Mas, o frei Beto, guru do ex-presidente Lula, conta-nos uma versão lógica para o atentado terrorista em 11 de setembro de 2011.

É o seguinte:

O pai de Osama Bin Laden, um magnata árabe, era sócio do pai do presidente Bush em projeto para exploração de petróleo no Texas. Comprou ações, arranjou contratos de exportação e foi convidado pelo Bush, pai, para visitar os projetos – e morreu num acidente aéreo. O monomotor em que viajava caiu.

O irmão mais velho de Osama, ou seja, o primogênito, assumiu o lugar do pai na sociedade com os Bush. Comprou ações, arranjou contratos de exportação e foi convidado pelo Bush, o pai, para visitar os projetos – e morreu num acidente aéreo. O avião monomotor em que viajava caiu.

Osama Bin Laden perdeu o pai e o irmão, e não se sabe se recebeu indenização. O que se sabe é que Osama, que foi inventado pelos Estados Unidos para ajudá-los a expulsar os soviéticos do Afeganistão durante a Guerra Fria, tinha parentes morando nos Estados Unidos.

E depois do 11 de setembro, o presidente Bush permitiu que deixassem o país.

Concluindo: nada justifica o terrorismo nem o ataque às torres gêmeas, que mataram inocentes. Mas, é imperioso que se conheça as duas faces da notícia porque só assim é possível entender o que se passa ao redor.

É ou não é?