Brasília – A presidente Dilma conduz o governo com parcimônia e isto ameaça a sua relação com o Congresso Nacional e – pasmem! – com o PT especialmente.

Aliás, os tiros que mais têm causado os maiores estragos têm vindo do PT. No episódio da demissão do ministro Palocci tudo começou com uma queixa de um senador do PT, que o ministro deixou de atender ao telefone.

As denúncias contra os ministros do Transporte e da Agricultura também tem o dedo do PT, e nesse caso por pirraça contra o PR e o PMDB. A questão é o cofre, que a presidente Dilma não abre.

O PT quer as verbas das Emendas do Orçamento e os cargos federais no segundo escalão, e a presidente Dilma reage porque corre o risco de perder o controle da chave do cofre. A sede e a pressa do PT é grande, mas a presidente Dilma se mantém com o argumento de que é preciso o país se prevenir contra o pior – que pode vir no rastro da crise financeira internacional.

O governo evita alvoroçar o mercado, mas a verdade é que todos estão preocupados com a situação dos Estados Unidos e da Europa - a Itália e a França não estão bem. Mas, sem enxergar um palmo além do nariz, ou melhor, além das emendas no Orçamento, o PT força a barra e tenta arrastar a presidente Dilma para o abismo.

O PSDB parece ter entendido a jogada dessa ala do PT insaciável e trata de preservar a presidente, porque não lhe interessa (aos tucanos) uma Dilma fragilizada. A Dilma fragilizada significa que, em 2014, o Lula entre em cena para “salvar a pátria”.