A iniciativa merece aplauso, entusiasmo e engajamento de todos!

Nós, advogados do Brasil, faremos nossa parte!

Vamos incentivar o acesso ao site http://observatorio.oab.org.br/ e estimular a colaboração cidadã no Observatório da Corrupção.

No site, denúncias podem ser encaminhadas e a sociedade poderá acompanhar o andamento dos casos de corrupção noticiados pela mídia.

Sem duvida, esta é uma iniciativa exemplar de nosso Conselho Federal da OAB, entidade que sempre atuou em defesa do Brasil.

Louvável, a ação da Ordem dos Advogados do Brasil nos enche de esperança e nos faz refletir. Combater arbitrariedades é fundamental. A corrupção é uma chaga que avilta nossa dignidade e que precisa, urgentemente, ser combatida: sem pirotecnia, dentro da legalidade, com determinação.

E ao mesmo tempo em que reforça nosso ímpeto por “faxina” no Brasil, iniciativas como as do Observatório da Corrupção se difundem em significado, expandem-se em nosso pensamento, fazem aumentar nossa indignação contra toda a sorte de irregularidades.

E, por isso, faço uma sugestão: porque não um Observatório de Defesa da Advocacia?

Em que sentido?

Dentro do contexto de que nossa profissão é uma entre as que mais sofrem desrespeito na atualidade.

Sei que muitos vão dizer que minha colocação é infundada!

Mas só quem é advogado ou advogada – quem advoga de fato, freqüenta Fóruns, Varas, Comarcas, vai à audiências, enfrenta o júri, adentra delegacias, atua junto a repartições, órgãos públicos e afins – sabe do que estou falando!

E como sabe!

Sabe, porque sofre!

Sim, um Observatório de Defesa da Advocacia seria uma medida benéfica a todos nós, que devotamos nossa vida à defesa da Lei, ao império da garantia dos Direitos, ao caráter essencial da salvaguarda legal – seja individual ou coletiva.

Sim, deveríamos criar um site e uma ampla campanha nacional para que todos os advogados e advogadas denunciassem neste endereço na Internet os frequentes e lamentáveis casos de afronta à dignidade e de ameaça ao nosso exercício profissional, estabelecido por Lei, e não por benesse.

Por exemplo: agente público violou alguma de nossas prerrogativas de atuação?

O magistrado cometeu o abuso de arbitrar na sentença quanto devemos receber (na visão dele) de honorários (há juiz que não admite o advogado ser remunerado a altura de seu trabalho!)?

Tomamos conhecimento de instituições de “ensino” que atentam contra a formação jurídica?

Ficamos sabendo de desmerecimento do Exame da OAB, como no caso das ações “sem pé nem cabeça” que pipocam na Justiça contra a prova?

O caso é de exercício irregular da profissão, ou por bacharéis sem o número de registro na Ordem, ou por salafrários que enganam incautos se passando por advogados?

O Judiciário, por motivos desconhecidos, “empacou” o andamento do processo nas mãos do senhor meretíssimo “esse lentíssimo juiz”?

Que faríamos nestas hipóteses?

Acionaríamos o Observatório dae Defesa da Advocacia, ajudando a OAB a investigar, punir ou acionar a Justiça contra os detratores da advocacia. Ou defender de público os muitos advogados e advogadas que ainda são vítimas de calúnia, injúria ou difamação por, simplesmente, defenderem o Direito.

Precisamos reforçar cada vez mais a atuação da OAB em DEFESA DO ADVOGADO E DA ADVOGADA!

Sim, porque nossa profissão, dentro das proporções devidas, é também vitimada pelos algozes da advocacia nacional.

Algozes que são algozes também da cidadania.

Vitimização vil e nociva!

Assim como a corrupção vitima nosso país!

 

 

Estou no Twitter: @weltonroberto