A taxa média de juros ao consumidor caiu pelo segundo mês consecutivo em julho, de acordo com a pesquisa mensal de crédito do Banco Central. Nesses dois meses, a taxa recuou de 46,8% para 45,7% ao ano.
Para as empresas, no entanto, a taxa média de juros voltou a subir, depois da queda registrada em junho, e chegou a 31,4% ao ano.
A inadimplência ficou estável para as empresas (3,8%), mas voltou a subir para os consumidores (6,6%).
Os números do BC mostram também moderação nos financiamentos no mês passado.
O indicador de novos empréstimos caiu 5,1%, sendo 6,9% para empresas e 2,5% para pessoas físicas.
O estoque de dívidas cresceu 19,8% nos últimos 12 meses, desaceleração em relação aos meses anteriores. No mês, o avanço foi de 1,1%.
Com isso, o crédito alcançou R$ 1,85 trilhão (47,3% do PIB). Os dois números são recordes.
Segundo o BC, o ritmo de expansão do crédito bancário apresentou moderação em julho, refletindo o efeito acumulado das decisões de política monetária, bem como a desaceleração da atividade econômica e a consequente acomodação das expectativas de empresários e consumidores, com impacto sobre as decisões de investimento e consumo.
A instituição diz ainda que o arrefecimento foi mais significativo no crédito com recursos livres (sem subsídios), particularmente nas operações destinadas a pessoas jurídicas.
No crédito livre às famílias, a desaceleração resultou, principalmente, da retração das concessões de cheque especial e crédito pessoal, segundo o BC.