O advogado Alberto Piovesan peticionou ao Senado Federal requerendo o impeachment do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Como já era de se esperar, o senador José Sarney (PMDB), presidente da Casa, negou o pleito do causídico, determinando o arquivamento do expediente.
Alberto Piovesan impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, que também sepultou liminarmente a pretensão do advogado. Dessa decisão o combativo colega recorreu ao pleno, tendo o Ministro Ricardo Lewandowski como relator do processo.
A questão não tinha previsão para entrar na pauta, mas foi submetida de inopino à apreciação na sessão de 17 de agosto, quarta-feira.
Com um voto curto e singelo, e sem citar o nome do Gilmar Mendes, o relator não deu provimento ao recurso, sendo seguido pelos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Tudo caminhava para o arquivamento como sendo apenas mais um recurso a ser negado, passando despercebida a polêmica da matéria, mas o Ministro Marco Aurélio Mello pediu vista, suspendendo a votação e causando uma azia entre os demais colegas.
Marco Aurélio deu outra alfinetada em Gilmar a se manifestar, em um evento onde ambos se encontravam, que era favorável aos possíveis excessos nas ações da Polícia Federal, ao contrário de ver a instituição apática e submissa politicamente, posição antagônica ao pensamento de Gilmar Mendes.
É certo que o Supremo Tribunal Federal não irá decretar o impeachment de Gilmar Mendes, mas ficará o alerta que nem todo mundo está à toa...