Após atender as expectativas do mercado quanto aos resultados do segundo trimestre, a construtora e incorporadora PDG Realty pode ver o ritmo de vendas desacelerar ligeiramente na segunda metade do ano, mas garante estar confortável com o cumprimento das metas traçadas.
"A velocidade de vendas pode diminuir nos próximos trimestres para entre 25% e 27%, o que ainda é considerado saudável", afirmou o presidente-executivo da PDG, Zeca Grabowsky, em teleconferência nesta segunda-feira, citando o cenário de aumento de juros para controlar a inflação, que pode pesar sobre a demanda por imóveis.
No trimestre passado, a companhia apurou velocidade de vendas --medida pela relação de venda sobre oferta-- de 29%, contra 30% um ano antes e 29% dos três primeiros meses de 2011.
Ainda assim, o executivo disse não ver "nenhum problema" para cumprir a estimativa de lançamentos deste ano. A PDG estima lançar entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões até o final de 2011, tendo cumprido 40 por cento do ponto-médio dessa meta até junho.
A empresa também reiterou a projeção de entregar cerca de 19 mil unidades no segundo semestre, sendo 10 mil delas equivalentes a projetos da Agre.
LUCRO CRESCE
A PDG fechou o segundo trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 247,5 milhões, aumento de 12% ante o ganho apurado no mesmo intervalo do ano passado.
O resultado ficou em linha com a média de estimativas obtidas pela Reuters com oito analistas, de ganho de R$ 250 milhões no trimestre.
A geração de caixa operacional da empresa, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou em R$ 442,2 milhões entre abril e junho, 19% acima do montante visto um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, caiu de 28,1% para 25,8%.
No segundo trimestre, a PDG viu sua receita líquida crescer 30%, alcançando R$ 1,7 bilhão.
A companhia, que já consolidou os dados da Agre ao balanço, contabilizou vendas contratadas de R$ 1,8 bilhão no trimestre passado, alta de 17% sobre o mesmo período de 2010. Já as vendas totais, que incluem a fatia de parceiros, somaram R$ 2,3 bilhões.
Os lançamentos, enquanto isso, alcançaram R$ 2,05 bilhões, considerando a participação da PDG nos imóveis, expansão de 14% sobre um ano antes.
Os resultados agradaram investidores que, no final da última semana, se decepcionaram com uma série de balanços de construtoras e incorporadoras abaixo do esperado.
Logo após o início dos negócios nesta segunda-feira, as ações da PDG chegaram a se valorizar em quase 5%. Às 11h01, os papéis subiam 3%, a R$ 7,50. O Ibovespa avançava 2% no mesmo instante.