Pois é, amigos. O Muro de Berlim é um emblema histórico que nunca deve se apagar da memória. Ele prova uma das teses liberais mais odiadas pela esquerda: o socialismo é, necessariamente, um regime autoritário.
A história é a seguinte. Depois da Segunda Guerra, Berlim foi dividida (apesar de estar do lado que coube à URSS). Essa divisão, inicialmente, não proibia a passagem das pessoas, o que era óbvio, já que afinal de contas, a divisão da cidade era completamente arbitrária. Mas com o aumento da migração para o lado ocidental, mais próspero, cresceram também as tentativas de restrição da passagem dos alemães orientais para o lado ocidental da cidade. Tais restrições culminaram na construção do muro.
Vejam bem. O muro servia para impedir que os moradores do lado socialista deixassem o paraíso em busca do vil metal. A Alemanha socialista devia ser um experimento de sucesso. Mas quando se percebeu que as pessoas começaram a escolher o “nefasto” lado capitalista em detrimento do paraíso na terra que era o socialismo, as autoridades da Alemanha oriental tiveram essa ideia brilhante. Transformaram o socialismo numa prisão...
Não preciso entrar nos vários argumentos dos liberais da segunda metade do Século XX. Basta mostrar essa história recente da Alemanha e uma conclusão se torna óbvia. Qualquer regime igualitário precisa impor aos indivíduos restrições tão graves à liberdade, que ele se torna, além de injusto, completamente inviável, tendo que recorrer a medidas coercitivas as mais descabidas. O muro é o exemplo emblemático disso.
De uma vez por todas, esqueçamos essas utopias delirantes. A história já mostrou que o sonho da igualdade não passa de um pesadelo.