Brasília – Fico de cá a pensar na eleição em Maceió e Arapiraca, com os dois prefeitos reeleitos com mais de 80% dos votos e que não podem decidir a própria sucessão!

Já imaginaram isso?

De ordinário, um prefeito reeleito com mais de 80% dos votos tem “bala na agulha” para comandar o processo sucessório, mas com o Cícero Almeida e o Luciano Barbosa não é assim; não pode ser assim.

E por que não pode?

Ora, porque ambos continuam dependentes; o prefeito Luciano é dependente do senador Renan Calheiros e da deputada federal Célia Rocha – e não ouvi-los significa a derrota.

E o prefeito Cícero Almeida começou como dependente do Geraldo Sampaio, depois foi ser dependente do João Lyra, em seguida se jogou nos braços do Benedito de Lira, flertou com o governador Téo Vilela, fez juras de gratidão a Renan Calheiros, se reaproximou do Ronaldo Lessa e, nessa embolada, é mais dependente que Luciano.

Na verdade, o prefeito Cícero Almeida está mais perdido. Uma banda do pensamento lhe manda disputar a eleição para vereador e passar a prefeitura para Lourdinha Lyra; outra banda lhe puxa para ficar até o final do mandato.

Mas, isso implica em acreditar que os acordos feitos agora terão validade em 2014; e implica em torcer para que o sucessor também não se destaque, porquanto dois anos sem mandato pode ser uma eternidade.

O governo assiste a tudo isso e tenta emplacar sorrateiramente a candidatura do deputado federal Rui Palmeira. É bom, para o governo, o prefeito Cícero Almeida ter ficado assim tão dependente.

E ainda mais quando há a desconfiança sobre qual será a próxima dependência de Cícero Almeida, uma vez que ele já passou por todas as correntes num vaivém frenético.

Caros internautas: o que foi que o Cícero Almeida e o Luciano Barbosa fizeram de errado?