Na comparação entre Alagoas e Sergipe, que foi tema de debate na Assembléia Legislativa esta semana, faltou relacionar a classe política.

Não é só a economia sergipana que faz a diferença; os políticos de lá também. Claro, ninguém é santo, mas, com certeza os políticos sergipanos têm sido menos nocivos.

Ou, digamos, têm sido comprometidos com o desenvolvimento de Sergipe.

Uma prova disso é que os políticos sergipanos não quebraram o banco deles; nenhum governador sergipano autorizou empréstimo bancário a quem não tinha como pagar; nenhum governador sergipano usou o banco estatal para politicagem e falcatruas.

No debate comparativo sobre Alagoas e Sergipe faltou aos nobres deputados destacarem esses detalhes – que não são detalhes pequenos; são detalhes decisivos, que justificam hoje o índice de desenvolvimento econômico e social maior que Alagoas.

Vamos destacar também que a irrigação do semi-árido sergipano começou em meados da década de 1980, com o Projeto Califórnia – que o alagoano, na margem oposta, pode contemplar com inveja.

Em Alagoas, em pleno século 21 e já estamos no começo da segunda década, não há irrigação pública no semi-árido.

Alguém aí pode dizer o que Sergipe tem que Alagoas não tem?