Porto Alegre – Na verdade, é um lero só de São Paulo a Porto Alegre com rodovia dupla, bem sinalizada e conservada e tudo isto graças à privatização.

Não por coincidência, o único trecho ruim fica entre Palhoça, em Santa Catarina, e Laguna, no Rio Grande do Sul, que pertence ao governo.

Saímos 6 horas da manhã de Curitiba e chegamos a Porto Alegre às 13h50mim, com três paradas no caminho para o lanche.

Não deveria ser assim, mas a verdade é que o futuro das rodovias brasileiras está na privatização. De Curitiba a Porto Alegre, viajando com o amigo Carlos Alberto em um Toyota, passamos por cinco pedágio pagando 1 real e 40 centavos cada – o que totalizou 7 reais

Mas, se algo acontecesse no trajeto, teríamos direito a socorro mecânico ou reboque; cruzamos durante a viagem com várias equipes de socorro postadas à margem da rodovia.

Fico a imaginar na nossa Alagoas, a confusão que está dando para a duplicação da rodovia para Recife, seja pela BR 101, seja pela AL – que segue pelo Litoral.

E a duplicação da rodovia Maceió-Arapiraca tornou-se complicada porque o projeto foi alterado, para contemplar a Usina Porto Rico, o que obrigou a bifurcar a rodovia antes e depois da cidade de São Miguel dos Campos.

O traçado original levaria a rodovia para a Arapiraca a cruzar a BR depois do acesso à Barra de São Miguel, para quem vem no sentido Maceió. Seria um viaduto que levaria a rodovia em frente, para sair em Limoeiro de Anadia, sem passar por Campo Alegre.

Mas, era preciso contemplar a usina que fica no trajeto e o governador da época não hesitou. Lembro-me que o advogado José Moura Rocha chegou a entrar com uma ação de embargo à obra, ganhou em parte,mas logo o governo reverteu tudo e fez a rodovia desse jeito mesmo, ou seja, alterada.

A duplicação da rodovia para Arapiraca tornou-se complicada porque exige na verdade duas rodovias a partir do acesso à Barra de São Miguel.

Ao ver o que eles fizeram – e estão fazendo no Sul do País – e, nem precisa ir muito longe, pois temos os exemplos de Pernambuco e da Paraíba, fico a imaginar o quanto fica difícil resolver os problemas da nossa Alagoas.