Presidenta Dilma Rousseff, Alagoas espera seu retorno em breve!

E torce para que seu Brasil sem Miséria não seja, como foi o Fome Zero de seu antecessor e mentor, uma mera peça de marketing político a vergonhosamente naufragar.

Mas, em sua passagem de um dia por nosso estado poderia a Senhora, acompanhada da claque política que a cercou, ter desfilado em Maceió para ver nossos milhares de menores de rua, nossas grotas em decomposição, nossa dignidade aos pedaços.

Onde a Vida perdeu valor, ou mesmo não vale nada! Onde se mata por pouco, ou pelo intangível. Onde se extermina por um trago, por parcos reais, por alienação.

Os membros da claque que são daqui – nossa bancada federal, nossos governantes, assessores e “seguras-pastas” – já conhecem este cenário, mas fingem, cínicos, não enxergá-lo.

Poderia também a Senhora ter percorrido o sertão sem esperanças, excluído e seco, à míngua.

Poderia ter retornado ao cenário da tragédia que acometeu a zona da mata em 2010, com um dilúvio destroçando tudo o que encontrou pela frente. Poderia a Senhora ter almoçado em uma das barracas que, ainda hoje, “abrigam” famílias” inteiras à espera de uma moradia menos indigna.

Poderia a Senhora, ao seu estilo “durão”, ter dado mesmo que reservadamente um “pito” em nossa classe dirigente desunida e egoísta, que só pensa em se manter no poder em detrimento das demandas do coletivo.

Presidente Dilma, quem sabe em sua próxima visita possamos ver resultados das sementes plantadas em Arapiraca.

Caso contrário, a sua terá sido mais uma entre as inúmeras visitas protocolares de chefes de estado que recebemos desde Cabral, fartas em salamaleques e frouxa em trabalho, vazia em conquistas, nula não em piedade, mas em consideração.

Seria oportuno também a Senhora e seu ministro da Saúde terem feito uma escala no HGE e no PAM Salgadinho, retratos que são da saúde de um estado doente, um escárnio para com nossa população composta em 97% por usuários dependentes do SUS.

Já com sua ministra do Desenvolvimento Social, poderia a Senhora ter visitado o Vale do Reginaldo, onde mais uma farsa se desenrola em nossa crônica de desrespeito ao ser humano, lá sob reinado de um eixo viário inexistente, habitações populares invisíveis e saneamento básico débil.

Com quem sobrou da equipe do ministério dos Transportes, poderia ter a Senhora ido a Arapiraca de carro, e não de helicóptero. Bastaria ter percorrido um pequeno trecho da BR 101 para perceber o quanto precisamos de ajuda federal. Enquanto os estados vizinhos usufruem da duplicação, continuamos arriscando nossas vidas em uma estrada apertada e perigosa.

Seu ministro da Educação não pode se fazer presente. Mas, da próxima vez, traga-o a tiracolo e faça uma inspeção ao CEPA ou às escolas municipais que funcionam em imóveis alugados a preço de ouro, “puxadinhos” que desdenham da educação de um país que quer ser potência mundial.

E as bajulações Senhora Presidente?

Sabemos que a Vossa Excelência às detesta.

Quanto ao "puxa-saquismo", que espetáculo deprimente a Senhora foi protocolarmente obrigada a suportar no Aeroporto Zumbi dos Palmares e no sede arapiraquense da AABB! 

 

 

 

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