Curitiba – Uma das minhas curiosidades em relação ao Paraná era conhecer o sistema de transporte em Curitiba – que é o mais eficiente do país.

Queria saber o motivo de o sistema de transporte urbano funcionar aqui e não funcionar na minha Maceió, ou seja, o que é que tem aqui que não (pode?) ter em Maceió?

Pelo menos o transporte urbano na Capital alagoana continua caótico; ninguém se entende e os vereadores se queixam porque os projetos que apresentam visando a melhoria são aprovados, mas não são executados.

Descobri que não basta a inteligência dos projetistas – engenheiros ou urbanistas – é imperioso que a lei seja respeitada.

Vim de Colombo, uma cidade no entorno de Curitiba, para o centro da capital e peguei três ônibus pagando a mesma passagem, no valor de 2 reais.

Colombo é uma cidade-satélite de Curitiba e é como se estivéssemos em Rio Largo. Peguei o ônibus para o terminal de Colombo, daí outro ônibus para o bairro Cabral e daí o terceiro ônibus para o centro de Curitiba, com a mesma passagem paga a 2 reais.

Gastei trinta minutos e não precisei pedir informação, porque no ônibus tem o sistema de autofalante que orienta o passageiro sobre as “conexões” que pode fazer no terminal.

Nas chamadas “canaletas” os ônibus circulam livremente, sem congestionamento, porque a via é exclusiva para ônibus, viaturas policiais e ambulância; e só e somente só, e todo mundo respeita embora a faixa exclusiva seja delimitada apenas por duas linhas de três metros de largura no meio da pista.

Ninguém ousa trafegar por essa faixa e não precisa de guarda para fiscalizar; é uma questão de educação – e aí eu cheguei ao “xis” da questão sobre o caos no trânsito de Maceió; além de bons técnicos para planejá-lo, é necessário a educação do motorista e do pedestre.

Mas, quem sabe, um dia nós alagoanos chegaremos lá; afinal, o Paraná é um Estado que surgiu graças aos tropeiros e boiadeiros que conduziam suas tropas e boiadas dos pampas gaúchos para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

QUANDO O MUNDO PARECE PEQUENO, SÓ!

Na sexta-feira, 22, o tio do amigo do meu filho me convida para ir à casa de um amigo dele, no luxuoso condomínio Alphavilli, o maior de Curitiba. Trata-se de um arquiteto carioca, Marcio Prota, que é diretor da OHL, a empresa que privatizou a rodovia Régis Bittencourt e a rodovia que Liga o Paraná a Santa Catarina.

Gente da melhor qualidade, o Marcio, que já era amigo do meu filho, Zé Aprígio, do amigo dele, o Neto, e do Carlos – que é o tio do Neto.

Pois bem; conversa vai, conversa vem, eu descubro que o Marcio Prota foi jogador de futebol; na década de 1980 foi goleiro do Volta Redonda e depois foi emprestado ao Vasco da Gama, de Sergipe.

O Marcio foi o goleiro do Vasco da Gama sergipano contra o nosso ASA, em Arapiraca, num jogo que não terminou porque a torcida alagoana derrubou o alambrado e invadiu o campo.

“O diretor (do Vasco da Gama) aproveitou a confusão, pegou a renda, era 60 por cento para a equipe vencedora e nós estávamos vencendo por dois a zero, e se mandou” – contou Marcio.

A história do Marcio levou-me a concluir que, às vezes, o mundo nos parece pequeno. Olhe só onde vim reencontrar aquele goleiro que, no jogo contra o ASA, fechou o gol?!