Brasília – Existe aquele provérbio sueco que diz assim: se você tem 20 anos de idade e não é comunista, então você não tem coração. Mas, se você já passou dos 30 anos e continua comunista, então você não tem é juízo.

Daí, não confie em alguém com mais de 30 anos que se diz comunista porque já passou da idade.

Eu também já passei da idade de me iludir com os discursos (falsos) moralistas, humanistas e coisa e tal. Na questão da violência, então, tenho (na verdade temos) razão de sobra para ficar com o pé atrás quando ouço (ouvimos) essas falácias humanitárias baseadas na Sociologia Marxista-Leninista que definem a violência pela exclusão social.

É verdade, mas não é 100% verdadeira senão todo favelado era bandido; todo excluído socialmente era ladrão e sabemos que nas favelas e nos guetos moram gente de bem – que apenas são pobre por procedência.

Um internauta opinou em postagem anterior que “imaginava que eu fosse inteligente”. Acertou, porque não sou mesmo. Mas também não sou estúpido para continuar acreditando em fantasias, quando já passei, ó, faz tempo, dos 30 anos de idade.

Estou revisando essas questões da violência a partir da proposta empirista, ou seja, daquilo que pode ser demonstrado. Sendo assim, parto do princípio prático, palpável e ululante sobre o talento humano.

O jogador de futebol, o cantor, o pintor, o poeta já nasce sabendo jogar futebol, cantar, pintar e fazer poesia. Ninguém ensina e disso ninguém pode discordar porque pode ser demonstrado na prática.

Se é assim eu pergunto: será que o bandido já não nasce bandido? Por que nem todos os “excluídos” optam pelo crime? E por que há criminosos também nas classes sociais altas? Por que um médico como o Osmani, que seria o sucessor do famoso cirurgião plástico Ivo Pitangui trocou o bisturi por uma pistola?

São indagações para as quais procuro respostas e quem souber, por favor, me ajudem para que eu possa me corrigir ou não.

Três bandidos contumazes invadem uma farmácia para roubar e matam uma jovem que deixou sua terra para realizar o sonho de trabalhar e estudar na Capital. Um dos delinqüentes tem parente importante no Hospital Sanatório e dispõe em casa de R$ 8 mil em espécie – isso mesmo! Pasmem! Dispõe de 8 mil reais em espécie guardado em casa, quem sabe, para essas eventualidades na vida do crime, que é pagar advogado ou tratar ferimento em hospital particular.

Os delinqüentes usam um veículo “quente”, ou seja, não é cabrito, que foi comprado à vista naturalmente porque ladrão (ainda) não é uma profissão reconhecida e eles não teriam como comprovar renda no momento de fazer o cadastro para a financeira.

O que fazer com eles quando forem presos? Aplicar a lei flexível do Direito Ocidental ou a lei severa e justa contida no Código de Hamurábi – que, aliás, é o único jurista que não deixou brechas na lei?

Se for aplicar a lei flexível do Direito Ocidental contra os bandidos teremos então o absurdo, que é a família da vítima pagar para sustentá-los na mordomia da cadeia, de onde vão sair com mestrado e doutorado no crime.

Sim, porque é a sociedade que sustenta esses bandidos na cadeia com os impostos que paga. É ou não é uma incongruência, um absurdo? A sociedade alimenta a serpente que vai mordê-la.

A sociedade é vítima do bandido e ainda é obrigada a pagar para mantê-los vivos e saudáveis, com refeição garantida, assistência médica, lazer e “visitas íntimas” .

Sinceramente, não dá para entender. E enquanto for assim não podemos contestar a violência porque somos carrascos e vítimas desse mecanismo.

Alguém pode concluir que defendo a pena de morte. Acho que é um tema sim a ser debatido. Alguém pode dizer que a pena de morte não resolve ao problema da criminalidade e é verdade – mas reduz e o que buscamos é a redução da violência, porque é humanamente impossível acabar totalmente com o crime.

Não vamos proibir o roubo ou o assalto; se quiser roubar e assaltar fique à vontade. Mas, se durante o assalto acontecer um óbito no lugar do Código Penal aplica-se a Lei de Talião – olho por olho, dente por dente.

Aí eu duvido se o índice de criminalidade não baixava.

Sim, há os que são contra a essa tese, especialmente as igrejas (todas) e as entidades que reúnem os operadores do Direito, mas esses são suspeitos para opinar porque não agem por questões humanitária ou cristã e sim por questão econômica.

Afinal, fuzilar um bandido contumaz, reincidente no crime, significa eliminar um cliente em potencial e isso implica na redução do faturamento.

É ou não é?