Brasília – Estarrecido li aqui a matéria do Cada Minuto sobre a bombástica declaração do delegado Roberto Lisboa ao repórter Marcelo Rocha, da Rádio Correio, acerca do médico do Hospital Sanatório que tentou esconder um criminoso.

(Atualização: a tia do criminoso, que é enfermeira do Hospital Sanatório, foi quem intermediou a negociata escabrosa.)

Diz a lei que pratica igualmente um crime quem tenta proteger o criminoso, ou quem tem conhecimento de uma prática delituosa e não denuncia. O médico praticou um crime e é imperioso que a sociedade conheça a sua identidade.

O bandido ferido com um tiro na perna não procurou o HGE porque dispunha de 8 mil reais para a caução no hospital particular. Com certeza dispõe de mais dinheiro e a dúvida é: será que o médico recebeu dinheiro para protegê-lo?

Cabe à polícia quebrar o sigilo bancário do médico para saber se houve algum depósito em sua conta na quinta-feira 14.

Acho que ninguém iria proteger um ciminoso gratuitamente, mas, cabe à polícia investigar. Para o médico – ou monstro – uma vida tem preço; a vida da balconista morta no assalto não vale nada porque a família não dispõe de dinheiro para gratificar ninguém.

Ainda bem que a polícia agora tem homens de bem na direção e na ação; o trabalho do delegado Roberto Lisboa é digno de elogio porque agiu com profissionalismo e indignação diante dessa atitude do médico – ou seria um monstro? – que tentou encobrir um crime.

É preciso conhecer a identidade desse “doutor-monstro” não só para que a sociedade o puna severamente, mas, principalmente, porque quem age dessa forma para salvar bandido pode agir também para ajudar a matar inocente.

É só pagar.

Em tempo: mais uma vez o Hospital Sanatório está na manchete policial. Uma pena.