Brasília – Um amigo me ligou para perguntar se eu ouvi a vaia que o prefeito Cícero Almeida levou em Jaraguá, no show do forrozeiro Flávio José. Como poderia ouvir se estou a mais de 2 mil quilômetros de distância?

Ainda que estridente, a vaia não chegou aqui a 1 mil 200 metros acima do nível do mar. Mas, respondi que soube da vaia.

Na verdade, eu li no blog do jornalista nota 10 Ricardo Mota.

E o que eu achei? Tornou a perguntar esse amigo e eu respondi que a vaia era o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões anunciando que lá vem Deus deslizando no céu entre blumas de mil megatons. E já não é o mesmo céu que ele conheceu - não é mais.

(KKKKKKK – riu esse amigo)

Não ria não que o caso é sério e só o prefeito ainda não se tocou. O Cícero Almeida repete o erro do Suruagy, que se elegeu governador com o mesmo percentual com o qual Almeida se reelegeu prefeito. A diferença é que o Suruagy foi coerente nos erros e o Almeida erra por ser incoerente.

Como assim?

Toda semana o prefeito produz um fato novo; tem semana que o guru dele é o deputado federal João Lyra, noutra semana é o senador Renan Calheiros, agora é o senador Benedito de Lira e, como vovó já dizia quem não tem colírio usa óculos escuros. Trocando em miúdos a fala da vovó: quem perde o rumo perde o prumo.

Para terminar esse colóquio em caráter reservoso com o amigo aí de Maceió, eu disse que comparava o prefeito Cícero Almeida ao prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, o “bem amado” daquela fantástica e hilária novela da Globo.

Como assim? Tornou a indagar o amigo. E eu coloquei:

O prefeito Odorico Paraguaçu chamava de “imprensa marronzista” os jornalistas que lhe criticavam – e o prefeito Cícero Almeida também.

O prefeito Odorico Paraguaçu tinha as irmãs Cajazeiras – e o prefeito Cícero Almeida tem os “irmãos Cajazeiras”.

O prefeito Odorico Paraguaçu só tinha uma obra para inaugurar, que era o cemitério – e o prefeito Cícero Almeida também.

E, igual ao cemitério que o prefeito Odorico Paraguaçu não conseguia inaugurar por falta de defunto e também porque o Zeca Diabo aposentou a pistola, e não matava mais ninguém, o prefeito Cícero Almeida procura urgentemente um Zeca Diabo com bala na agulha.

Ou seja: que traga obra para inaugurar. Senão, vai passar o resto do mandato ocioso.

E o futuro do prefeito Cícero Almeida? – quis saber o amigo aí de Maceió.

Quanto a isso é melhor perguntar à “mãe Diná”, porque eu vejo daqui a situação do prefeito Cícero Almeida assim: se ficar dois anos sem mandato ele perde visibilidade; e se disputar a eleição de vereador perde a “razão política”.

Trocando em miúdos: é pau pra comer sabão e pau pra saber que sabão não se come. Essa é a visão de um “safadista militante”, daqui de Brasília direto para Sucupira, digo, Maceió.