Brasília – Os primeiros seis meses do governo Dilma se passaram com maus presságios, em decorrências de duas crises que levaram à demissão de dois ministros – e um deles vizinho do gabinete da presidente.

A saída do ministro Antônio Palocci, do Gabinete Civil, serviu para a presidente Dilma se livrar do estigma mais forte do lulismo; não foi ela quem escolheu Palocci. Mas, a saída de Palocci parece ter deixado o governo atônito.

Com a queda do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, o governo se mostrou atabalhoado. Como disse o deputado federal Rui Palmeira, no programa apresentado pelo jornalista Marcos Rodrigues, na Rádio Jornal, “o governo deixou o ministro sangrando por uns dias”.

Mas, o pior parece estar para acontecer. Políticos experientes aconselham a presidente Dilma a não deixar o vice-presidente Michel Temer ocioso; o vice-presidente sem ocupação tende à conspiração.

No segundo semestre a presidente Dilma tem dois caminhos a seguir: chama o PMDB para governar junto com ela ou paga para ver no que vai dar o seu governo, com a linha de independência que a presidente parece quere assumir.